Criadores de gado de Bagé sofrem com estiagem
O cenário significa prejuízo para criadores de gado como João Lemos, que já contabiliza queda de 50% na produção leiteira. No mesmo período do ano passado a produção obtida era de 140 litros por dia, hoje não passa de 70. Preocupado com a situação, ele decidiu vender animais do rebanho de gado de corte, que mantém na propriedade.
A seca provoca reflexos em todo o rebanho bovinho de Bagé, que ultrapassa 300 mil cabeças. Sem alimento, a previsão é de redução de 30 a 40% no nascimento de terneiros em comparação com a primavera do ano passado.
O técnico agrícola da Empresa de Extensão Rural de Bagé, Elói Pozzer, explica que a aveia e o azevem são alternativas de alimentação para o gado da região, mas este ano os produtores investiram pouco nas culturas por causa do alto custo de produção.
Tailor Garcia, agrônomo da Emater em Bagé, explica que seria necessário chover por três ou quatro meses quantidades superiores à média que ocorre na região, que é em torno de 120 milímetros por mês.