À espera da verba para sanidade
O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, diz que está empenhado para garantir o repasse federal desde o início do governo e que desconhece o fato de o dinheiro já estar disponível. "Isso está equivocado. Estamos negociando o repasse há horas com o Mapa", pontuou, lembrando que a contrapartida do Estado deve se aproximar de R$ 1 milhão. Mainardi reforça que os recursos permitirão melhorar a estrutura de trabalho das inspetorias veterinárias no Rio Grande do Sul e impulsionar metas como, por exemplo, a erradicação da brucelose e da tuberculose.
O convênio prevê o repasse federal de R$ 31,9 milhões nos próximos cinco anos, dinheiro que será canalizado para treinamento, melhoria de processos do serviço oficial de defesa sanitária e aprimoramento da vigilância de fronteira, especialmente com a Argentina. Apesar de reconhecer que um trabalho de excelência demandaria R$ 20 milhões anuais em um estado com o perfil produtivo do Rio Grande do Sul, o diretor técnico do Mapa/RS, José Severo, considera a verba razoável. Ele enfatiza que, a partir da modificação do modelo federal de convênio, que passou de anual para plurianual, será possível aprimorar o sistema de trabalho. "Com a previsibilidade de recursos a médio prazo, aumentam as condições de planejamento, até então, precárias. Agora temos metas e dinheiro, um avanço significativo."
Pelo novo sistema em vigor, o repasse anual será variável de acordo com os prazos de execução das etapas de cada projeto, que atrelam gastos de custeio e investimento. O montante destinado também poderá ser revisado desde que tecnicamente justificado com antecedência e anuência das partes, o que é positivo na opinião do gerente do Programa de Febre Aftosa da Seapa, Fernando Groff.
Desde 2003, o Estado recebia recursos por meio de aditivos ao convênio daquele ano, mas o fluxo de execução era descontinuo por morosidade na aplicação de verbas dentro do ano fiscal, falhas na elaboração de projetos e falta de negativas exigidas pela União para liberação de recursos. Este também será o primeiro convênio que o Estado assina desde a modificação do modelo anual para o plurianual, determinada em 2010 pela União.
Prioridades para 2011
Realização de inquérito epidemiológico da tuberculose para verificar a distribuição da doença e planejar sua erradicação.
Custo estimado: R$ 1 milhão
Estruturação de equipes volantes de fiscalização de trânsito de animais e produtos de origem animal a partir da compra de quatro veículos tipo van.
Custo estimado: R$ 600 mil
Educação continuada com realização de campanhas de conscientização e palestras para público potencial como técnicos, produtores, escolas e associações comunitárias.
Custo estimado: R$ 500 mil
Compra de equipamentos para inspetorias veterinárias como softwares, impressoras e computadores.
Custo variado