Abate de bovinos recuou em Mato Grosso no mês passado

Publicado em 27/07/2011 14:38
Na comparação mensal, participação de fêmeas é maior registrada, em Mato Grosso, desde 2006.
O abate de bovinos recuou no Estado no mês passado. De acordo com levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária em Mato Grosso (Indea/MT), a queda foi de 10,06%, com o volume encolhendo de 424,5 mil cabeças, em maio, para 381,8 mil cabeças, em junho. Em relação a junho de 2010, o abate total de bovinos no mês passado cresceu 2,6%. No período, a preferência foi pelas vacas que responderam por mais de 52% do total abatido no período.

Segundo análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apesar da queda de 7% no número absoluto de fêmeas abatidas, que recuou de 214 mil para 199 mil cabeças, a participação de vacas no abate passou de 50,4% para 52,1% de um mês para o outro. Essa é a maior participação de fêmeas desde maio de 2006, quando as vacas representaram 52,5% dos animais abatidos.

No primeiro semestre, houve incremento de 2,1% no total de abates devido principalmente ao incremento de 38,4% no abate de fêmeas, já que o número de machos destinados ao abate registrou recuo de 18,9%. Os frigoríficos optaram pela maior participação das fêmeas no preenchimento das escalas devido à maior facilidade para encontrar esses animais no mercado. “Essa maior oferta de fêmeas para descarte em 2011 fez o spread (diferença) entre a cotação dos dois animais passar de 7,9% em junho de 2010 para 11% em junho deste ano”, analisa o Imea.

Conforme o Instituto, a manutenção do número de abate em patamares parecidos aos de junho de 2010 se deu em função do aumento no número de vacas para o abate. “Com isso, do total de 2,29 milhões de cabeças abatidas no Estado nos primeiros seis meses de 2011, 1,14 milhão foram fêmeas, representando 49,6% do volume”. Para efeito de comparação, das 2,25 milhões de cabeças abatidas no primeiro semestre de 2010, as vacas representavam 36,6% do total, com 824,4 mil cabeças. Portanto, houve um aumento de 316,2 mil cabeças no número absoluto de fêmeas para o abate.

EXPORTAÇÕES – Números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio mostram que as exportações mato-grossenses de carne bovina em equivalente carcaça, do mês de junho, apresentaram o melhor desempenho dos embarques no ano, registrando um volume de 18,6 mil toneladas, resultando em um faturamento de US$ 74,69 milhões. Apesar de o volume enviado ao exterior no último mês ser 21,2% inferior ao registrado no mês de junho de 2010, a receita total obtida pelos embarques apresenta um valor 5,7% superior a igual mês de 2010.

Para o Imea, essa melhora na receita veio puxada pelo aumento no valor pago pela tonelada da carne bovina, no respectivo período, de 34,1%, com o valor médio de US$ 4 mil/tonelada em junho. Assim, a média do valor embarcado no acumulado do ano de 2011 ficou em US$ 3,84 mil/tonelada, enquanto que no período de janeiro a junho de 2010 o valor estava em US$ 2,86 mil/tonelada, valorização de US$ 986 na tonelada.

REPOSIÇÃO - Já o mercado de reposição segue desaquecido em Mato Grosso. Com o início da entressafra, existe uma desaceleração natural por parte dos pecuaristas em comprar animais para repor o seu rebanho. O período de confinamento, somado à queda no volume e qualidade das pastagens, típico de período seco, torna mais lenta a negociação de fêmeas. Dessa forma, o preço da vaca magra obteve nova queda em julho, até o dia 22, e ficou cotada a um preço médio de R$ 823,22/cabeça, desvalorização mensal de 0,6%. No comparativo com julho do ano passado, o aumento foi de 13,8%. Enquanto isso, a cotação da arroba da vaca gorda à vista registrou valorização de 1,2% no mês, fechando a semana com preço médio de R$ 77,69/arroba, obtendo valorização de 13,4% no acumulado do período de 12 meses.

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Diário de Cuiabá

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