Fertilização in vitro em vacas acelera quantidade e a qualidade do rebanho
No escritório, eles fazem os casamentos entre as vacas da fazenda e os touros da central através do sêmen catalogado. “O programa mostra que pode haver uma melhoria de aproximadamente 200 quilos de leite por animal por ano. Além disso, nós estamos conseguindo melhorar aqui mais de 2.3 em vida produtiva. Isso significa que as vacas irão produzir a mais 2.3 meses de vida produtiva. O investimento anual nesses animais em fase de lactação seria de R$ 24 mil em sêmens”, explica o veterinário. Para Delcio, esse não é um investimento alto para a fazenda: “Se colocar em conta o melhoramento que eu estou tendo do rebanho e a produção que eu vou ter, não é um custo alto”.
As doses chegam ao curral em um botijão e o próprio funcionário da fazenda, que recebeu treinamento, faz as inseminações. Na lista de touros dos acasalamentos estão alguns que pertencem à outra fazenda. Os donos de um plantel de Uberaba, por exemplo, têm 20 touros produzindo sêmen em centrais, mas seu maior patrimônio são as fêmeas que, a partir de uma rigorosa seleção, são vendidas a outros criadores como grandes produtoras de leite.
As bezerras em fase de cria são amamentadas duas vezes por dia e ainda recebem ração. “Aqui a gente oferece concentrado e volumoso para tentar estimular esse animal a virar ruminante mais cedo”, diz o veterinário Eduardo de Oliveira. Os animais vivem sob a vigilância de José Bonifácio Filho, olheiro das bezerras desde a primeira lactação, em torno dos 36 meses. “Tem alguns animais que não correspondem. Genética não é um mais um, então você tem que avaliar para cuidar dos melhores indivíduos”, avalia.
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