Cafeicultores da Zona da Mata preparam protesto para 2ª. feira
Acompanhado a onda nacional de protestos os cafeicultores da Zona da Mata Mineira vão manifestar sua insatisfação na próxima segunda-feira (01/07) no Trevo de Realeza na Zona da Mata. Em pleno período de colheita os produtores estão enfrentando dificuldades para arcar com os alto custos da mão de obra para colheita, que no geral chega a representar 40% do custo total do café. Os baixos preços do café, que são os menores recebidos em 4 anos.
Para o analista Marcus Magalhães precisa haver união, "imagine se por apenas 24 / 48 horas todo o negócio café parar no mundo, cruzando os braços, demonstrando o grau de insatisfação que os produtores estão como relação as falsas premissas, falsos dogmas e as vezes especulações, sem precedentes," afirma.
Segundo o produtor Leonardo, "será reivindicado que os governantes olhem para a cafeicultura principalmente nos que somos da região da zona da mata mineira pois estamos pagando para trabalhar, e é isto mesmo nossa produção é bem mais cara do que a venda da saca de café," defende.
Situação semelhante é relatada na Região do Cerrado Mineiro, pelo produtor que usa o codinome "Zeus", que reclama da manipulação de preços por parte de analistas de mercado, que tem levado o produtor a trabalhar no prejuízo e chega a denominar a situação de "Produção Escrava".
A produtora Célia Sousa, da cidade sul minera de Boa Esperança, desabafou a indignação vivida por grande parte dos produtores. “Estou com vergonha do preço do café. Cadê a melhoria? (...) Em plena safra, será possível contratar funcionários vendendo café a R$ 280 a saca de 60 kg? (...) Onde está o apoio do Ministério da Agricultura (...). No mínimo, precisamos de R$ 400 por saca. Meu Deus, quanto descaso, quanta vergonha.”