CAFÉ: leilões de opções serão anunciados na terça-feira, diz CNC

Publicado em 30/08/2013 13:14 e atualizado em 30/08/2013 17:49

OPÇÕES PÚBLICAS PARA CAFÉ — Em audiências realizadas esta semana com o Governo Federal, recebemos a informação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá publicar, na próxima semana, o aviso dos Leilões de Opções Públicas de café. O programa envolverá um volume de 3 milhões de sacas de arábica, as quais serão negociadas inicialmente pelo preço de referência de R$ 343 por saca, com o exercício das opções estipulado para março de 2014.
 
Com o Governo Federal confirmando, de fato, a realização dos leilões de opções na próxima semana, extingue-se a dúvida que pairava no mercado e teremos uma ferramenta importante para balizar os preços do café no Brasil, uma vez que, se acrescentar sacaria e tributação, a cotação da saca no pregão poderá se aproximar de R$ 350.
 
MERCADO — A semana foi marcada por relativa estabilidade nas cotações internacionais do arábica e do robusta e pela valorização do real ante o dólar resultante das medidas anunciadas pelo Banco Central do Brasil, em 21 de agosto. Até a quinta-feira, os fechamentos diários do vencimento dezembro do contrato C da Bolsa de Nova York variaram entre a mínima de US$ 1,1675 e a máxima de US$ 1,1845 por libra-peso. No acumulado da semana, houve alta de 60 pontos. Investidores continuam pautando suas posições com base em um cenário de ampla oferta e maiores perdas somente não ocorreram em função da valorização do real ante o dólar, nesta semana.
 
No dia 22 de agosto, o Banco Central anunciou que injetará US$ 60 bilhões no mercado até o final de 2013. Os recursos serão ofertados em leilões diários até 31 de dezembro, com o objetivo de reduzir especulações e atenuar a desvalorização do real. Todas as sextas-feiras serão disponibilizados US$ 1 bilhão, com compromisso de recompra futura. De segunda a quinta-feira, a estratégia do BC será de venda de títulos, garantindo proteção às empresas contra variações bruscas no câmbio.
 
Como resultado, na média de segunda à quinta-feira, a cotação do dólar foi 2,3% inferior à do mesmo período na semana antecedente. Mesmo com a divulgação de dados que confirmam a recuperação da economia dos Estados Unidos e a possibilidade de uma operação militar na Síria, o dólar não voltou a operar acima da banda de R$ 2,40, o que denota sucesso da estratégia do Banco Central.
 
Em relação ao mercado futuro do robusta, o vencimento novembro do contrato 409 na Bolsa de Londres apresentou relativa estabilidade, com leve tendência de queda. No acumulado de segunda à quinta-feira, houve desvalorização de US$ 8 por tonelada, mesmo com os mais baixos níveis de estoques certificados em Londres nos últimos 13 anos (1,32 milhão de sacas). A aproximação da safra 2013/14 vietnamita, que se inicia outubro, tem pressionado o comportamento das cotações.

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Fonte: Conselho Nacional do Café

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