Café: previsão de chuva para a região Sudeste estimula movimento de realização de lucros em NY

Publicado em 13/02/2014 16:55 e atualizado em 13/02/2014 18:19

Foi uma quinta-feira (13) de muita volatilidade nas cotações do café arábica na bolsa de Nova Iorque. Entre as máximas (142,75 centavos de dólar por libra peso)  e as minímas (136,35 centavos de dólar por libra peso) , o contrato março/14 teve uma variação de 640 pontos. O pregão iniciou o dia em alta mas encerrou do lado negativo da tabela. O primeiro vencimento março/14  fechou a 139,70 centavos de dólar por libra peso com queda de 135 pontos. Maio/14 recuou 120 pontos a  141,95 centavos de dólar por libra peso e Setembro/14 encerrou a 145,90 centavos de dólar por libra peso com queda de 95 pontos. A volatilidade da sessão foi justificada por um importante movimento de realização de lucros.

As indicações de algumas chuvas para os próximos dias no cinturão cafeeiro pesaram sobre os preços, reforçando a realização. Os mapas climáticos já identificam uma frente fria finalmente chegando perto de SP, estimulando o deslocamento da massa de ar seco. Só não há previsão de chuva no norte do ES e no nordeste de MG. As demais áreas da Região já voltam a ter pancadas de chuvas na sexta-feira. Porém no domingo essa frente fria se afasta do Sudeste. O sol volta a brilhar forte e o calor continua.

 Mesmo sem indicações de chuvas gerais e de bom volume, as previsões de alguma umidade nos próximos dias influenciaram os preços. Mas de acordo com o engenheiro agrônomo da Fundação Pró-café, José Braz Matiello, para estancar as perdas e promover a recuperação dos cafezais é necessário um volume inicial de chuvas de no mínimo 30 mm e que as precipitações continuem por quatro ou cinco dias. Sem estas chuvas, as perdas nas lavoura devem continuar.

No Sul de Minas, só na área de atuação da Cooxupé,  nesse momento, as perdas estão  projetadas em 30% da safra, algo em torno de 3 milhões de sacas . Mas esse percentual pode aumentar enquanto o clima seco e quente persistir. Além disso, o calor afeta também a produção que será colhida em 2015. Sem água, o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro fica comprometido e consequentemente a produtividade da planta será menor.

 

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Fonte: Notícias Agrícolas

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