NY: Após melhor preço em 25 meses, mercado do café tem leve queda
O mercado do café arábica continua registrando intensa volatilidade e, depois de atingir o maior preço em 25 meses ontem, exibe um ligeiro recuo nesta sexta-feira (11) na Bolsa de Nova York. Os principais vencimentos perdiam pouco mais de 80 pontos, por volta das 8h30 (horário de Brasília), com exceção do contrato março/15, que era cotado a 215 centavos de dólar por libra-peso, subindo 660 pontos.
O principal fator de suporte para as cotações do café tem sido o temor de um déficit global de produto depois das perdas registradas no Brasil, maior produtor e exportador mundial, em função das altas temperaturas e da falta de chuvas que atingiram os cafezais no final de 2013 e no início deste ano.
Com a quebra da colheita brasileira poderá se configurar, pela primeira vez em cinco anos, um déficit de café, segundo dados do governo dos Estados Unidos. A dimensão dessas perdas, no entanto, ainda não é conhecida em sua totalidade, o que acentua essa volatilidade para os negócios no mercado internacional.
“Há uma grande insegurança no mercado, pois os investidores ainda não sabem qual é a dimensão das perdas para este a para as próximas safras... Se as chuvas forem normais daqui para frente, não conseguiremos repor o déficit hídrico”, disse o analista de mercado Eduardo Carvalhaes.
Neste final de semana, de acordo com informações do Commodity Weather Group, chuvas fortes podem prejudicar os trabalhos de campo e atrasar a colheita em importantes regiões de produção do Brasil.
Só em 2013, os futuros do arábica já acumulam uma alta de 88%, registrando o maior ganho entre 24 produtos avaliados pelo índice Standard & Poor's GSCI Spot. "As preocupações do mercasdo com as perspectivas de um déficit estão se agravando e esse é um problema que deverá ser sentido por mais de uma safra", disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, de Chicago.
Com informações da agência internacional Bloomberg.
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