Sociedade Rural Brasileira estranha declarações de ministro sobre produção de café
A Sociedade Rural Brasileira (SRB) estranha as declarações dadas pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, à agência de notícias "Bloomberg', na última quarta-feira (03/06), sobre o impacto da pior seca registrada nas principais regiões cafeeiras no Brasil em 50 anos.
Mesmo diante de relatos de grandes perdas no rendimento e na qualidade dos cafés colhidos, vindos de cafeicultores de todo o país, o ministro informou que previsões de safra divulgadas pela Conab, que apontavam para uma produção de 44 milhões de sacas, deverão ser revisadas, já que o impacto da seca teria sido "amenizado" por chuvas ocorridas nos últimos dias.
Para o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Diniz Junqueira, as recentes chuvas ajudaram as plantas, mas não alteram a produção desse ano que deve ficar entre 44 e 46 milhões de sacas. "É precipitado assumir que essas chuvas irão alterar os danos sofridos pelas plantas nos últimos meses. A seca e o calor intenso afetaram os pés de café de maneira profunda e os impactos serão sentidos pelas próximas safras", sentenciou.
Segundo Junqueira, o posicionamento do ministro, sem o devido embasamento, é incabível especialmente com os mercados abertos. “Isso pode levar a tomada de decisões equivocadas por parte de muitos players que não estão no campo acompanhando o que está acontecendo”.
Ele lembrou que todas as informações oriundas do Brasil tem repercussão mundial, assim como acontece nos Estados Unidos. “Temos que tratar as informações sobre a nossa produção de maneira serena para que tenha o menor impacto possível no agronegócio brasileiro. Volatilidade de preços não interessa ao produtor de alimentos, não interessa ao consumidor e tão pouco ao Brasil.”
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