Café: Incertezas no mercado brasileiro provocam nova queda na bolsa de NY

Publicado em 18/06/2014 18:17 e atualizado em 19/06/2014 10:20

O café arábica encerrou a sessão desta quarta-feira (18) em baixa na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US). Os índices chegaram a dar leve subida ao longo do dia, mas seguiram em queda até o fechamento, dando sequência ao movimento de queda dos últimos dias. 

Os contratos para entrega em julho registraram 166,75 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 230 pontos em relação ao último pregão. As máximas para este contrato chegaram a 170,50 centavos/libra-peso, com mínimas de 166,00 cents/libra-peso, diferença de mais de 400 pontos. 

Baixa também no vencimento de setembro, de 1,22%, encerrando o dia em 169,85 centavos /libra-peso. Os contratos de dezembro perderam 210 pontos e fecharam em 173,4 cents /libra-peso e março/2015 caiu 195 pontos atingindo 176,65, ficando acima do patamar de US$ 1,70. 

Falta de novas informações
As quedas no mercado de futuros do café arábica são consideradas normais pelo analista de mercado Eduardo Carvalhares. Segundo ele, a falta de real informação sobre o mercado brasileiro impulsiona a volatilidade dos preços, que chegaram a cair mais de 1400 pontos em menos de uma semana. 

A Costa Rica também segue com informações desencontradas sobre o número de sua safra. Enquanto o Departamento de Agricultura dos EUA previa uma produção de 1.428.883 de sacas, o Instituto Nacional do Café da Costa Rica otimizou o número para 1,6 milhões de sacas. Esta estimativa positiva se deve a boas condições climáticas para o desenvolvimento dos cafés cerejas, junto ao controle de pragas.   

Clima favorável  
Outra especulação em relação ao mercado brasileiro se deve a expectativa da chegada do inverno no próximo final de semana. “Nessa época deveria estar chegando a frente fria, mas até agora o clima está bom. Isso favorece as safras”, concluiu Carvalhais.

Temperaturas muito baixas podem ajudarna incidência de doenças fúngicas como a Phoma e também aumentar o risco de geadas – grande problema para as plantações. 

Desaceleração das vendas
Os jogos da Copa do Mundo realizados nesta semana e no início da semana que vem, adicionados ao feriado nacional de Corpus Christis nesta quinta-feira dia 19 desaceleraram as vendas de todas as culturas no Brasil. 

No mercado físico, o café tipo 6, bebida dura, também recuou nas principais praças. O saca de 60 kg subiu apelas em Franca-SP e em Varginha-MG, onde é negociada a R$ 405,00, após avançar 1,25%. Em Araguarí-MG, a saca perdeu 4,76% e é negociada a R$ 400,00.  


Pesquisas desenvolvem café mais resistentes à seca e às doenças

Uma variedade de café mais resistente à seca e às doenças está sendo testada no sul de Minas Gerais e os primeiros resultados são positivos. O acauã novo, como é chamado, teve boa produtividade mesmo em ano com pouca chuva. Na lavoura de 35 hectares de café em Elói Mendes, o produtor Saulo Roque de Almeida reservou um hectare para o plantio da variedade acauã novo. O agricultor decidiu experimentar a novidade por ser uma planta mais resistente às doenças, como a ferrugem, e diz que está satisfeito.

Leia a matéria na íntegra no site do Globo Rural
 

Cafeicultores de São Paulo contestam cálculo de produtividade de seguro agrícola 

Produtores de café de Espírito Santo do Pinhal, no interior de São Paulo, estão tendo problemas com o seguro agrícola. A safra na região deve ser até 40% menor por causa da estiagem (foto: Emídio Madeira/Canal Rural) sofrida no Verão, mas a seguradora afirma que a produção será mais que o dobro da que é esperada pelos cafeicultores. Essa diferença pode representar o não pagamento do seguro. O produtor Valdevir Belle se prepara para uma produção 30% menor, com, no máximo, 40 sacas de 60 Kg por hectare. O laudo do seguro aponta uma produtividade quatro vezes maior. O cafeicultor fez o seguro da lavoura junto com o financiamento para o custeio da produção.

Leia a matéria na íntegra no site Canal Rural 

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Por: Talita Benegra
Fonte: Notícias Agrícolas

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