Café: mercado segue volátil nesta 6ª feira e opera com ligeiras altas em NY

Publicado em 27/06/2014 07:46 e atualizado em 27/06/2014 09:16

O mercado internacional do café trabalha com ligeiros ganhos na manhã desta sexta-feira (27) na Bolsa de Chicago. Os futuros do arábica estendem o movimento tímido de alta registrado no fechamento da sessão anterior e, por volta das 7h30 (horário de Brasília), os contratos mais negociados registravam ganhos que variavam entre 40 e 120 pontos, com o vencimento setembro/14 cotado a 181,25 centavos de dólar por libra-peso. 

No meio da semana, o café chegou a passar por sessões de boas e fortes altas, entretanto, o mercado ainda continua bastante volátil e aguardando por números mais concretos sobre os resultados da colheita no Brasil. 

“Esse cenário reflete um ‘bate-bola’ dos fundos e de especuladores que aproveitam as altas para vender e garantir lucros nas negociações. Logo as baixas aparecem, por conta disso também”, explicou Anselmo Magno de Paula, gerente do departamento de café da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca-SP).

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Café: NY fecha com leves quedas, após registrar alta de 580 pts no dia anterior

Por Talita Benegra

O mercado de café arábica segue bastante volátil. O fechamento desta quinta-feira (26) registrou leves quedas na Bolsa de Nova Iorque (Ice futures US), após forte ascensão no dia anterior de 580 pontos para os principais contratos. 

O vencimento julho encerrou em 178,80 centavos de dólar por libra/peso com queda de 115 pontos. Há cerca de um mês, os índices para esse contrato se aproximam do patamar de 180, mas não conseguem alcançar o valor. “Esse cenário reflete um ‘bate-bola’ dos fundos e de especuladores que aproveitam as altas para vender e garantir lucros nas negociações. Logo as baixas aparecem, por conta disso também”, explicou Anselmo Magno de Paula, gerente do departamento de café da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca-SP).

Os contratos para entrega em setembro registraram decréscimo de 120 pontos para 180,85 cents/libra-peso. Dezembro anotou 184,35 cents/libra-peso, enquanto março/2015 desceu 130 pontos para 187,40 centavos/libra-peso. 

Quebra na colheita brasileira
A volatilidade do mercado de café arábica se deve também pelas incertezas quanto ao tamanho da safra brasileira. Segundo pesquisa realizada pelo site Notícias Agrícolas entres as principais cooperativas do Brasil, a maioria das regiões terá quebra na produção.

A Coopinhal (Cooperativa dos Cafeicultores da Região do Espírito Santo do Pinhal) que contém cerca de 500 associados e abrange 8 municípios – terá queda de 30 a 40% na produção estimada, que era de 115 a 125 mil sacas, mas que pela demanda não deve passar de 80 a 90 mil. 

A equipe da Cocatrel estima uma perda entre 20% a 30%. “As regiões mais atingidas são aquelas às margens de Furnas, em municípios como Boa Esperança, Guapé e Campos Gerais”, explicou Fernando Miranda, presidente da cooperativa. 

O rendimento do café colhido na região da Cooparaíso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso) também está bem abaixo do normal, de acordo com o engenheiro agrônomo da cooperativa, Marcelo de Moura Almeida. “Nas lavouras velhas, estão sendo necessários entre 600 a 750 litros para encher uma saca... Já nas lavouras mais novas, estamos precisando entre 900 até 1.100 litros, em alguns casos”.   

“As baixas no sul de Minas devem chegar a 30%, no cerrado talvez um pouco menos”, projetou Carlos Paulino, presidente da Cooxupé – maior cooperativa cafeeira do mundo, que também declarou: “Os cafés estão chochos, parecendo isopor de tão leves”.

A estimativa inicial da Coopemar era de 100.000 sacas, mas com os defeitos apresentados nos grãos e a maior quantidade utilizada para conseguir uma saca beneficiada, esse número deve descer para cerca de 80.000 sacas. 

Apesar das baixas nas diferentes regiões do país, a Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca-SP) comemora uma safra boa.  “nós esperávamos uma quebra superior a 10%, mas com o andamento da colheita que está adiantada e registra cerca de 25% já concluída, analisamos que não teremos queda tão alta na produção, deve ficar inferior a esses 10% estimados”, projetou Anselmo Magno. 

Qualidade do café
A estiagem que afetou as plantações de café no início do ano e prejudicou muitas safras brasileiras segue influenciando os cafezais. Porém, a falta de chuvas e dias relativamente quentes apesar da chegada do inverno tem contribuído de maneira positiva desta vez para manter a qualidade do grão. 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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