Café: manhã volátil em NY com preços do arábica em campo negativo
Manhã de muita volatilidade para o mercado de café arábica na Bolsa de Nova Iorque(Ice futures US). As cotações começaram em alta, mas já passam para o campo negativo. O vencimento setembro vale às 9h22 (horário de Brasília) 177,55 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos com entrega para dezembro trabalham a 181,60 cents/libra-peso. Março/2015 anota 184,90 cents/libra-peso, enquanto maio/2015 cai 65 pontos, para 186,40 centavos/libra-peso.
Os dois últimos dias foram bem positivos para o mercado de café arábica por conta de um relatório divulgado pela FCStone que indica prejuízos nas lavouras e probabilidade de quebra ainda maior em 2015.
Outro fator que impulsionou as grandes altas das sessões passadas foi a notícia da chegada de um frente fria nas regiões cafeeiras, trazendo dias consecutivos de chuvas. Esse cenário pode resultar em florada extemporânea.
Veja como fechou a sessão de ontem:
Café: indicação de florada antecipada ajuda novas altas em NY
Mais um dia positivo para o mercado de café arábica na Bolsa de Nova Iorques (Ice Futures US). As cotações ampliaram ganhos de até 170 pontos nesta quinta-feira. O vencimento setembro encerrou em 178,30 centavos de dólar por libra-peso. Dezembro e março/2015 avançaram 160 pontos e fecharam em 181,95 cents/libra-peso e 185,15 cents/libra-peso respectivamente. Já os contratos com entrega para maio/2015 anotaram 187,05 centavos/libra-peso.
Os primeiros pingos de chuva mal começaram a cair, mas o mercado já reage desde a sessão de ontem por conta da divulgação de precipitações atmosféricas para os próximos quatro dias. A preocupação é sobre a indicação de uma florada extemporânea nos cafezais.
“Para abrir florada é preciso que ocorra o amadurecimento das gemas e como o período de estiagem foi grande, esse amadurecimento foi mais rápido. Sendo assim, depois que a chuva acontece, as flores abrem”, detalhou o pesquisador Roberto Tomaziello, do Instituto Agrônomo de Campinas (IAC).
Segundo Tomaziello, essa situação é comum e não tem solução por ser consequência de um fator climático, independente de quaisquer esforços dos produtores. “É claro que se a lavoura estiver bem cuidada, não estiver desfolhada, a florada antecipada pode ser contornada, até porque essa não é a principal. A florada que vai gerar a renda para o produtor mesmo acontece normalmente em final de setembro e começo de outubro”, disse ele.
Porém o pesquisador afirma que as flores que já nasceram podem não resistir à colheita em andamento. Além do fato de que caso haja muita distância entre uma florada e outra, há grandes chances de ter uma desuniformidade de maturação dos frutos. “Nesse cenário, a colheita vai ser mais trabalhosa, porque você terá frutos em diferentes estágios”, concluiu ele.