Café: manhã segue volatilidade dos últimos dias, mas tem leves altas em NY

Publicado em 06/08/2014 10:05

A manhã desta quarta-feira (06) segue volátil na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) para o mercado de café arábica. Após três dias encerrando em campo negativo para realização de lucros, o momento é levemente positivo para as cotações. As posições setembro e dezembro sobem às 9h54 (horário de Brasília) 5 pontos para 189,45 centavos de dólar por libra-peso e 193,45 cents/libra-peso respectivamente. O vencimento março/2015 vale 196,95 cents/libra-peso e maio/2015 trabalha a 198,95. 

Enquanto o mercado continua flutuando nos dois campos e não consolida preços mais elevados, as ofertas de café no Brasil são baixas. O site Notícias Agrícolas conversou com algumas das principais cooperativas nacionais e elas admitiram que os produtores estão aguardando o momento mais propício, de valores mais atrativos, para disponibilizar seu produto para comercialização. Outra informação obtida também com a pesquisa, revela que a demanda dos compradores segue normalizada em relação ao mesmo período do ano passado.

Veja como fechou a sessão de ontem:

Café: após nova sessão volátil, arábica registra 3º dia de quedas em NY

Mais um dia de baixas para o mercado de café arábica na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US). Depois do balanço de três semanas com números positivos, esta é a terceira sessão que encerra em campo negativo diante de pregões com muita volatilidade. 

Nesta terça-feira (05), o vencimento setembro fechou abaixo do patamar dos 190, para 189,40 centavos de dólar por libra-peso. Já a posição dezembro apresentou queda de 100 pontos e anotou 193,40 cents/libra-peso. Os contratos com entrega para março/2015 registraram 196,85 cents/libra-peso e maio/2015 perdeu 40 pontos e encerrou em 198,75 cents/libra-peso. 

Analistas acreditam que essas oscilações vão ocorrer porque no mercado futuro é comum a entrada e saída de especuladores diante de novas informações que indiquem melhores negociações na venda ou na compra de contratos. Apesar dos valores um pouco mais baixos nas últimas sessões, especialistas acreditam que os futuros do café tendem a subir com o avanço da colheita e a confirmação de quebra na safra brasileira 2014 e possível prejuízo também na produção 2015, já que a cultura é perene e as lavouras estão com grande estresse hídrico, além de algumas apresentarem ferrugem tardia e broca. 

Demanda X oferta
Enquanto o mercado não consolida valores mais elevados, produtores que não têm urgência financeira não colocam o café em oferta procurando melhor oportunidade de negócio, apostando na análise dos especialistas de preços mais atrativos. 

O site Notícias Agrícolas conversou com responsáveis da área comercial de algumas das principais cooperativas de café do Brasil e todas elas indicaram diminuição no ritmo de venda em relação ao mesmo período do ano passado.

“O mês de julho deste ano teve oferta 60 a 70% menor do que o mesmo período em 2013. Com o avanço da colheita e a expectativa de grande quebra na safra, os produtores esperam por melhores preços e alguns já haviam negociado futuros também”, relatou Gilson Aloise de Souza, coordenador comercial da Cooparaíso – Cooperativa dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso. 

A maior cooperativa de café do mundo, a Cooxupé, de Guaxupé/MG, também percebe a mesma situação na região em que atua. “Nós tivemos uma melhora na comercialização pós Copa, mas houve sim uma retração em relação ao mesmo período no ano passado”, contou Adriano Veronese, gerente comercial. 

Para Manuel Piedade, gerente de comercialização da Cocatrel - Cooperativa dos Cafeicultores da zona de Três Pontas – os seus associados que estão em 60 municípios “estão esperando que já que a quebra vai ser de 40% ou mais na região, os lucros também precisam crescer na mesma proporção para que não haja prejuízos aos produtores”. Ele ainda admite que as vendas estão 50% menores em comparação a mesma temporada em 2013.

Houve queda na comercialização também na Minasul – Cooperativa de Cafeicultores da Zona de Varginha. “Em julho do ano passado vendemos 71.000 sacas de café de 60 quilos, enquanto no mesmo mês em 2014 o número caiu para 55.000 sacas”, detalhou Marco Mendes, diretor comercial. 

 

 

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Tags:
Por:
Talita Benegra
Fonte:
Notícias Agrícolas

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