Café: NY fecha em alta com previsão de seca para os próximos dias no Brasil

Publicado em 26/08/2014 16:57 e atualizado em 27/08/2014 14:44

Altas de quase  mil pontos e preços próximos dos 200 cents de dólar por libra-peso. Esse foi o encerramento da sessão desta terça-feira (26) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica. As cotações não fechavam neste patamar desde 31 de julho.

O contrato mais próximo, setembro/14 encerrou a sessão com 193,10 cents de dólar por libra-peso, com alta expressiva de 1035 pontos. O vencimento dezembro/14 fechou em 197,45 cents/lb e o março/15 com 201,20 cents/lb, ambos com alta de 980 pontos. O contrato com entrega para maio/15 também ultrapassou o patamar dos 200 cents e anotou 203,10 cents/lb e uma alta de 965 pontos.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, as cotações de hoje foram influenciadas, principalmente, pelas condições climáticas desfavoráveis para as principais regiões produtoras do Brasil – a seca deve continuar. Mas o mercado também permanece com receio com relação ao tamanho da safra brasileira deste ano e de 2015.

“Foi noticiado ontem que as chuvas no Sudeste não devem ocorrer pelos próximos seis ou dez dias e isso gerou a alta. A previsão para as próximas semanas não é possível saber, o que também gera muita especulação. Acredito que amanhã deve ser outro dia de altas na Bolsa de Nova York”, disse o analista ao NA.

Segundo a Bloomberg, o Brasil enfrenta uma das piores secas registradas nas últimas décadas. A produção pode cair 18 por cento quando a colheita terminar no mês que vem, para 40,1 milhões de sacas, estima o Conselho Nacional do Café, após um declínio de 3,1 por cento no ano passado.

A previsão para Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) é mais animadora, segundo a associação a safra deve ficar em torno de 45 milhões e 47 milhões de sacas. No entanto, apenas quando a safra, que está sendo colhida terminar é que o setor terá números exatos para a quebra.

Se os números pessimistas se confirmarem, 2015 pode ser o terceiro ano consecutivo de queda de produção, o que seria o declínio mais longo desde 1965.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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