CNC: Apesar da desvalorização do dólar e da previsão de chuvas, os preços futuros do café arábica registraram queda nesta semana

Publicado em 19/06/2015 14:37 e atualizado em 19/06/2015 15:16

BALANÇO SEMANAL — 15 a 19/06/2015

MISSÃO NOS EUA — Ontem e hoje (19), o presidente executivo do CNC, deputado federal Silas Brasileiro, integra pequena comitiva selecionada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, em reunião com Josh Kobza, presidente para Assuntos Financeiros da Tim Hortons Restaurant Brands International, e com o empresário Jorge Paulo Lemann — sócio de Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira na 3G Capital, grupo controlador, com 51%, do Burger King —, um dos novos proprietários da rede, em Miami (EUA).

O objetivo é demonstrar e promover a sustentabilidade dos Cafés do Brasil e ampliar a participação dos atuais 30% do produto no total comprado pela Tim Hortons, que é uma das maiores redes de restaurante e cafeterias da América do Norte. O fato de aumentarmos o percentual de cafés brasileiros nos estabelecimentos da empresa, além de gerar valor agregado, servirá de plataforma promocional importante, pois os norte-americanos são os principais consumidores da bebida no planeta e importantes disseminadores da cultura pelo mundo.

A expectativa da ministra é que o encontro resulte em um protocolo privado, uma espécie de compromisso de entrega dos produtos nas condições que a companhia exige. “Os executivos da empresa se dispuseram a explicar por quais adequações o café brasileiro precisa passar e se ofereceram a vir ao Brasil para trabalhar com as indústrias, a fim de atender às demandas e à qualidade exigidas pela Tim Hortons”, explicou, em nota, Kátia Abreu.

É válido salientar, também, que as operações da Tim Hortons junto com o Burger King constituem a terceira maior rede de fast food do mundo, com vendas projetadas em aproximadamente US$ 23 bilhões ao ano em seus cerca de 18 mil restaurantes em 100 países do globo.

MERCADO – Apesar da desvalorização do dólar comercial e da previsão de chuvas sobre grande parte das origens nacionais, os preços futuros do café arábica registraram queda nesta semana.

No Brasil, a divisa norte-americana encerrou a sessão de ontem a R$ 3,0588, com queda de 1,9% em relação ao fechamento da sexta-feira passada. A indicação do Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) de que as condições econômicas necessárias ao aumento dos juros do País ainda não foram alcançadas foi a principal causa da desvalorização do dólar.

No que diz respeito ao cenário climático, há previsão de chuvas para a região Sudeste do Brasil nos próximos dias, devido à passagem de mais uma frente fria. De acordo com a Climatempo, as precipitações acumuladas deverão atingir de 10 mm a, no máximo, 30 mm, até o dia 24 de junho.

O aumento da umidade nos próximos dias deverá atrapalhar ainda mais a colheita do café arábica que, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), já se encontra atrasada em relação ao mesmo período do ano passado. O quadro abaixo resume as informações levantadas pela instituição, nesta semana, sobre o andamento dos trabalhos de colheita nas principais regiões produtoras do Brasil.

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Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, ontem, a US$ 1,3195 por libra-peso, acumulando queda de 245 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. Na contramão deste movimento, as cotações do robusta, negociadas na ICE Futures Europe, registraram valorização. Na quinta-feira, o vencimento setembro/2015 encerrou o pregão a US$ 1.780 por tonelada, acumulando ganhos de US$ 47. A inversão do spread entre os dois primeiros vencimentos, com aumento do prêmio para julho sobre setembro, indica preocupação quanto ao aperto na oferta de robusta no curto prazo.

Os preços pouco atrativos do mercado físico nacional mantêm os vendedores retraídos. Adicionalmente, a valorização do real ante o dólar acentuou a internalização das perdas das cotações externas do café arábica. Na quinta-feira, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 414,28/saca e a R$ 301,02/saca, respectivamente, com retração de -3,6% e -0,4% em relação ao fechamento da semana antecedente.

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CNC

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