Café: Cotações do arábica trabalham sem direcionamento nesta tarde de 3ª feira na Bolsa de Nova York

Publicado em 03/01/2017 11:25

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) trabalham sem direcionamento definido nesta terça-feira (3). Pela manhã, o mercado chegou a avançar mais de 100 pontos com recompras de fundos sendo realizadas depois de testar mínimas de mais de seis meses nos últimos dia. Do lado baixista, continua dando pressão às cotações as chances cada vez menores de desabastecimento do grão neste ano por conta das melhores condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo.

Apesar de oscilar dos dois lados da tabela nesta terça, os principais vencimentos do arábica seguem próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. Por volta das 11h43, horário de Brasília, o contrato março/17 registrava queda de 30 pontos e estava cotado a 136,75 cents/lb, o maio/17 caía 35 pontos e operava a 139,05 cents/lb. Já o vencimento julho/17 anotava 141,30 cents/lb com 40 pontos de desvalorização, enquanto o setembro/17, mais distante, também tinha recuo de 40 pontos, e estava cotado a 143,30 cents/lb.

De acordo com o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, os futuros do arábica no terminal externo trabalham basicamente em fatores técnicos no pregão desta terça-feira, mas seguem acompanhando as informações fundamentais recentes. "O mercado está muito técnico e com poucos negócios ainda por conta da virada do ano. Pela manhã, os preços subiram com recompras de fundos sendo realizadas, mas os preços também demonstram muita fragilidade para se sustentar acima de US$ 1,40/lb", afirma.

O café arábica, negociado na Bolsa de Nova York, fechou o ano de 2016 com alta de 8,2% no primeiro contrato, fechando a US$ 1,371 dólar por libra-peso. Foi o melhor desempenho anual em dois anos.

Apesar dos ajustes técnicos, do lado fundamental, a pressão segue baixista para o mercado do café arábica com os operadores cada vez mais otimistas com a próxima safra do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, e outras origens produtoras. Algumas corretoras, inclusive, já apontam superávit global do grão no próximo ano. O setor produtivo do Brasil não acredita nisso por conta da bienalidade negativa das plantações na maior parte do cinturão produtivo.

A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior do mundo, estima queda na produção de café do Brasil em 2017 em cerca de 17%. "Estamos prevendo uma safra menor neste ano por conta da bienalidade baixa das lavouras na maioria das regiões produtoras de café arábica. O conilon também não se recuperou das perdas recentes, então em 2017 esse problema de desabastecimento será ainda maior", pondera Paulino. A produção na área de abrangência da cooperativa em 2016 foi de 20 milhões de sacas.

Nas praças de comercialização do Brasil os negócios com café voltam aos poucos. Ainda assim, o produtor segue resistente à venda pelos atuais patamares. "Acredito que o mercado interno só deve voltar a ter mais forças com a volta do patamar de R$ 500,00 a saca", afirma. Na segunda-feira (2), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 481,58 com queda de 0,84%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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