Café: Com nova disparada do dólar e de olho na oferta, Bolsa de Nova York cai mais de 200 pts nesta 2ª

Publicado em 22/05/2017 13:10

Após alta pela manhã, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 200 pontos nesta tarde de segunda-feira (22) e estendem as perdas registradas na sessão anterior. O mercado acompanha as informações sobre a oferta do grão na safra 2017/18, mas também segue atento ao câmbio, fator que impacta diretamente as exportações.

Por volta das 13h03 (horário de Brasília), o contrato julho/17 registrava 130,10 cents/lb com 200 pontos de queda, o setembro/17, referência de mercado, estava cotado a 132,50 cents/lb com alta de 285 pontos. Já o vencimento dezembro/17 avançava 275 pontos, a 134,80 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha valorização de 265 pontos e estava sendo negociado a 138,15 cents/lb.

O dólar comercial voltou a subir nesta segunda em relação ao real com investidores de olho na crise política no Brasil diante das delações da JBS. Às 12h39, a moeda norte-americana subia 1,58%, cotada a R$ 3,3086. O dólar mais alto tende a dar maior competitividade às exportações do grão, já que as transações são feitas na moeda. Com isso, os preços externos tendem a recuar.

Além do câmbio, que impacta diretamente as exportações, os investidores no terminal externo seguem mais tranquilos com a safra global do grão neste ano nas principais origens produtoras. A colheita no Brasil já começou. Essas informações deram bastante pressão às cotações externas do grão nos últimos dias. "Aumenta a pressão com a chegada da safra brasileira. Também cresce a percepção de que a oferta de café na temporada 2017/18 vai ser maior que o esperado inicialmente, o que reforça o cenário de preços mais fracos", explicou na sexta-feira (19) o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.

O clima nos últimos dias prejudicou a colheita da safra 2017/18 em áreas produtoras de café de Minas Gerais e São Paulo nos últimos dias e também a secagem dos grãos que estavam no terreiro de alguns produtores, o que coloca em xeque a qualidade da produção. As precipitações chegaram a registrar acumulados de quase 100 milímetros no fim de semana em algumas áreas.

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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou nesta sexta em relatório uma estimativa de produção de 52,1 milhões de sacas neste ano no Brasil. O número representa uma queda de 4 milhões de sacas ante a safra anterior. O adido traz que as "floradas adequadas e condições climáticas favoráveis na maior parte das regiões produtoras provavelmente vão contribuir para boas produtividades", mesmo em ciclo de bienalidade negativa.

Na última sessão, as cotações futuras do arábica subiram cerca de 250 pontos com recompras de fundos sendo vistas ante a forte queda registrada no dia anterior. Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado teve um dia de ressaca diante da cena política e, por tabela, o câmbio e Nova York. Além disso, ele apontou que os operadores também seguiam de olho nos estoques dos Estados Unidos e produção do Brasil.

No Brasil, por volta das 08h26, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 465,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 448,00 a saca. Os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do país.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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