Café: Acompanhando informações da oferta, cotações do arábica em NY fecham em baixa nesta 3ª feira

Publicado em 23/05/2017 17:53

Apesar de esboçarem recuperação pela manhã em ajustes técnicos e com suporte do câmbio, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (23) com baixa de pouco menos de 50 pontos nos principais vencimentos. O mercado volta a repercutir as informações sobre a ampla oferta do grão na safra 2017/18 e, em menor intensidade, as informações sobre a colheita no Brasil.

O contrato julho/17, referência de mercado, fechou a sessão de hoje cotado a 130,25 cents/lb com queda de 35 pontos, o setembro/17 registrou 132,65 cents/lb com recuo de 30 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 136,15 cents/lb e desvalorização de 30 pontos e o março/18, mais distante, também caiu 30 pontos, fechando a 139,55 cents/lb.

Mercado do café NY - 23/05/2017

Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 3ª feira – Fonte: Investing

Acompanhando o câmbio, as cotações do arábica na ICE chegaram a registrar alta na manhã desta terça-feira, mas mudaram de sentido e passaram a recuar como nas últimas sessões acompanhando as informações sobre a oferta. O dólar comercial fechou o dia com queda de 0,31%, cotado a R$ 3,2662 na venda. A divisa mais baixa em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity e os preços externos sobem.

"É impossível para o café ter forças de fazer um movimento acentuado de alta dentro deste cenário, ainda que tecnicamente na sexta-feira a performance tenha sido positiva. O grau de incerteza que vai rondar o Brasil pode servir de alento para uma eventual compensação de perdas do contrato "C", via o enfraquecimento do real, permitindo que o produtor consiga receber o mesmo tanto de reais por saca", explicou em relatório o analista de mercado e diretor da Comexim, nos Estados Unidos, Rodrigo Costa.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou nesta sexta em relatório uma estimativa de produção de 52,1 milhões de sacas neste ano no Brasil. O número representa uma queda de 4 milhões de sacas ante a safra anterior. O adido traz que as "floradas adequadas e condições climáticas favoráveis na maior parte das regiões produtoras provavelmente vão contribuir para boas produtividades", mesmo em ciclo de bienalidade negativa.

Essas informações foram bem vistas pelo mercado, já que os operadores acreditavam que a safra do país neste ano poderia ser baixa e poderia desequilibrar a oferta global na safra 2017/18.

O clima nos últimos dias prejudicou a colheita da safra 2017/18 em áreas produtoras de café de Minas Gerais e São Paulo nos últimos dias e também a secagem dos grãos que estavam no terreiro de alguns produtores, o que coloca em xeque a qualidade da produção. As precipitações chegaram a registrar acumulados de quase 100 milímetros no fim de semana em algumas áreas.

A Safras & Mercado aponta que a colheita de café da safra 2017/18 do Brasil estava em 11% até dia 16 de maio. Levando em conta a estimativa de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg da consultoria, é apontado que já foram colhidas 5,47 milhões de sacas. Segundo Barabach, as chuvas atrapalharam um pouco a colheita na semana.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café continuam acontecendo de forma pontual mesmo com algumas amostras da colheita da safra 2017/18 chegando ao mercado. Com o avanço do dólar nos últimos dias, os preços do grão subiram até 7% no acumulado da semana passada nas principais cooperativas do país e estimularam algumas transações, segundo analistas.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 505,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 5,88% e saca a R$ 480,00.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Varginha (MG) com 475,00 a saca e alta de 1,06%. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas foi registrada em Franca (SP) com queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 470,00 e alta de 1,08%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) que teve baixa de 2,13% e saca cotada a R$ 460,00.

Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 454,86  e queda de 0,67%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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