Café: Mercado em NY sobe pela terceira sessão consecutiva nesta 5ª feira e maio/18 volta a US$ 1,17/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (05) com leve alta, mas estenderam os ganhos dos últimos dias. O mercado externo do grão segue em acomodação técnica depois de se distanciar do patamar de US$ 1,20 por libra-peso, mas também teve suporte do câmbio durante a maior parte do dia.
O vencimento maio/18 encerrou o dia 117,55 cotado a cents/lb com valorização de 65 pontos, o julho/18 registrou 119,55 cents/lb com avanço de 65 pontos. Já o contrato julho/18 fechou a sessão a 121,65 cents/lb com alta de 60 pontos e o setembro/18, mais distante, encerrou o dia a 125,10 cents/lb e 60 pontos de valorização. Essa é a terceira alta seguida.
Sem novidades fundamentais, o mercado externo do arábica segue oscilando tecnicamente como nos últimos dias e nesta quinta o câmbio também influenciou o mercado. Além da acomodação técnica, segundo informa a Reuters internacional, as cotações da variedade também têm sido apoiadas por rolagens de posições, do maio/18 para o julho/18.
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,04%, cotado a R$ 3,3420 na venda, com alívio do mercado diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de negar habeas corpus preventivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a divisa chegou a subir mais de 1% no período da tarde. O câmbio impacta diretamente as exportações.
"O cenário segue incerto, internamente com as eleições e, externamente com a tensão comercial", disse para a Reuters o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.
Para Eduardo Carvalhaes, analista de mercado do Escritório Carvalhaes, novidades agora no mercado podem vir do clima, já que a colheita da safra 2018/19 do Brasil será realizada no decorrer dos próximos dias na maioria das origens produtoras. "Temos que torcer para que as chuvas não atrapalhem a qualidade da próxima safra de café", diz.
Mercado interno
O mercado brasileiro continua com negócios isolados e os produtores distantes dos negócios em comparação com outros anos. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) disse em nota que os baixos patamares de preço nas praças de comercialização têm dificultado o fechamento de negócios, que ocorrem apenas quando há maior necessidade.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 474,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 1,08% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 448,00 com alta de 0,45%. Foi a única oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 443,00 e alta de 0,45%. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com alta de 1,18% e saca a R$ 430,00.
Na quarta-feira (04), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 425,57 e queda de 0,10%.