Café: Bolsa de Nova York recua mais de 250 pts nesta 4ª feira após feriado nos EUA e safra brasileira

Publicado em 05/07/2018 18:03

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (05) com queda de mais de 250 pontos. O mercado registrou ajustes depois do feriado Independence Day, nos Estados Unidos, além de repercutir a aversão ao risco, colheita brasileira e também câmbio.

O vencimento setembro/18 registrou na sessão 109,15 cents/lb com queda de 275 pontos e o dezembro/18 anotou 112,60 cents/lb com 270 pontos de recuo. Já o contrato março/19 fechou o dia com 116,15 cents/lb e desvalorização de 270 pontos, enquanto o maio/19, mais distante, caiu 265 pontos, cotado a 118,60 cents/lb.

O mercado do arábica iniciou o dia do lado vermelho da tabela em acomodação depois do feriado que fechou o terminal. Durante a tarde, também acabou pesando sobre o mercado a forte aversão ao risco nos mercados internacionais, o que também acabou pressionando outras commodities. Alguns vencimentos já perderam suporte importante.

Além da movimentação técnica, fundamentalmente, operadores no terminal externo seguem acompanhando atentamente as informações sobre a colheita no Brasil e a expectativa de alta produção nesta temporada. Levantamentos de consultorias nacionais e internacionais chegam a estimar colheita de até 60 milhões de sacas de 60 kg.

De acordo com levantamento da Safras & Mercado, a colheita de café no Brasil está em cerca de 45% e segue atrasada em relação à média dos últimos cinco anos, que é de 1%. A consultoria estima a produção brasileira neste ano em 60,5 milhões de sacas de 60 kg entre as variedades arábica e conilon.

Segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, a colheita de arábica começa a ganhar corpo e alcança 38% da safra, contra 41% em igual época do ano passado e 38% para média do período. "Os trabalhos com conilon, embora mais ágeis, seguem bem atrasados, por conta do problema inicial com excesso de umidade e o retardo no amadurecimento dos frutos", afirma.

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Na área de abrangência da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a maior do país, a colheita chegou a 30,22% até o dia 29 de junho. Na semana anterior, o índice era de 22,93%. Os trabalhos no campo estão mais atrasados em relação aos últimos dois anos.

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Mercado interno

De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), os negócios com café são isolados nas praças brasileiras. "A queda nos preços externos da variedade tem mantido boa parte dos vendedores afastada, com fechamentos ocorrendo especialmente em dia de alta do dólar. Além disso, muitos produtores consultados pelo Cepea têm dado preferência a entregas programadas e ao cumprimento de contratos".

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 483,00 e queda de 2,03%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 2,29% e saca a R$ 469,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 460,00 e queda de 2,13%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Vitória (ES) com alta de 2,35%.

Na quarta-feira (04), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 446,06 e alta de 0,11%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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