Café: Bolsa de Nova York esboça reação, mas fecha em baixa nesta 3ª feira pela quinta sessão seguida

Publicado em 14/08/2018 17:37

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (14) com queda de cerca 100 pontos. O mercado externo do grão oscilou dos dois lados da tabela durante o dia, mas a baixa acabou prevalecendo com fatores técnicos ainda chamando a atenção dos operadores.

O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com queda de 120 pontos, cotado a 105,05 cents/lb e o dezembro/18 registrou 108,50 cents/lb com recuo de 80 pontos. Já o março/18 anotou 111,75 cents/lb com desvalorização de 80 pontos e o maio/19, mais distante, teve baixa de 85 pontos, cotado a 114,05 cents/lb.

"Os torrefadores estão comprando, mas eles não têm por que alavancar o mercado. Os produtores estão vendendo, mas só quando eles precisam", disse o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Essa já é a quinta sessão seguida de baixa. Depois de testar reação em parte do dia com suporte do câmbio, as cotações externas do grão voltaram a ser impactadas por rolagens de posições e outros fatores técnicos. Com isso, o mercado tem ignorado novidades recentes sobre as lavouras de café do Brasil.

"Lavouras de arábica estavam começando a mostrar estresse, devido à falta de chuva nos últimos meses. Alguma chuva foi relatado há uma semana, mas não chove desde então e há preocupações com florada precoce", explicou em relatório Scoville. Lavouras pontuais, mais novas, já apresentam florescimento precoce.

Nesta terça-feira, a Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), maior do grão no mundo, atualizou os dados de colheita, que já atinge 77,84% até a última sexta-feira (10), segundo levantamento divulgado pela entidade. Os trabalhos avançaram mais lentamente por conta das chuvas recentes no cinturão produtivo.

Em parte do dia, o mercado do arábica teve suporte do dólar, que passou a recuar nesta terça, mas acabou não impactando o fechamento. A divisa encerrou o dia com queda de 0,78%, cotada a R$ 3,8669 na venda, em correção com alívio externo. Na semana passada, a moeda estrangeira subiu mais de 4% no acumulado.

As oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações da commodity, mas em compensação também reflete nos preços externos do grão. O Brasil é o maior produtor e exportador de café.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café registrou curtas oscilações nesta terça-feira. Produtores seguem distantes das mesas de negociação. "O volume de negócios fechados continua baixo para um início de ano - safra. Os cafeicultores, insatisfeitos com as bases oferecidas, vendem apenas o necessário para cumprir seus compromissos mais próximos", informou em boletim o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 2,27% e saca a R$ 430,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 440,00 e queda de 1,12%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 2,33% e saca a R$ 420,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 437,00 – estável. A maior oscilação no dia nas praças verificadas ocorreu em Lajinha (MG) com baixa de 2,44% e saca a R$ 400,00.

Na segunda-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 427,63 e alta de 0,30%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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