Café: Dólar fica abaixo de R$ 4 e Bolsa de Nova York tem rally com altas de mais de 500 pts nesta 3ª feira

Publicado em 02/10/2018 17:28

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (02) com alta de mais de 500 pontos. O mercado teve importante suporte na sessão da desvalorização do dólar e movimentações técnicas, em um rally chegando a testar máximas de junho deste ano.

O vencimento dezembro/18 fechou o dia com alta de 545 pontos, a 107,65 cents/lb e o março/19 anotou 111,00 cents/lb com avanço de 540 pontos. Já o vencimento maio/19 registrou 113,40 cents/lb com valorização de 545 pontos, enquanto o julho/19 teve 540 pontos de ganhos, a 115,75 cents/lb.

O mercado do arábica registrou leve queda técnica na véspera. Nesta terça-feira, no entanto, a alta voltou às cotações com grande influência do câmbio no Brasil e cobertura de vendidos, segundo informam agências internacionais. Os principais vencimentos ficaram acima de US$ 1,05 por libra-peso.

O sentimento positivo no mercado das commodities hoje também contribuiu para os ganhos no arábica, que tocou máximas de junho em US$ 1,0815. "Um real fortalecido reduz as vendas por produtores brasileiros, por desvalorizar as commodities atreladas ao dólar nos termos da moeda local", disse a Reuters internacional.

O dólar comercial teve a sua maior queda em três meses e meio e ficou abaixo de R$ 4 nesta terça. A divisa recuou 2,08%, cotada a R$ 3,9349 na venda, repercutindo a divulgação da pesquisa Ibope. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity e reflete também nos preços.

A próxima safra brasileira também segue no foco dos operadores depois de floradas recentes. "As agências de meteorologia apontam para chuvas irregulares sobre os cafezais do sudeste brasileiro, o que pode prejudicar parte do “pegamento” das flores em uma safra já de ciclo baixo", disse o Escritório Carvalhaes.

A colheita da safra 2018/19 está praticamente encerrada em todo o cinturão produtivo do Brasil. Até o dia 21 de setembro, a colheita na área de abrangência da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) atingiu 99,01%, segundo informou na quarta-feira (26) a entidade.

Mercado interno

O mercado físico de café passou a ter mais negócios com o avanço dos preços acompanhando o cenário externo. Os volumes, no entanto, ainda são baixos em comparação com outros anos. "Os preços continuam preocupantemente baixos e o mercado físico trabalha menos que o necessário para um início de ano-safra", disse em boletim o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (+1,10%) e Franca (SP) (5,75%), ambas com saca a R$ 460,00. A praça mineira teve a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca cotada a R$ 450,00  e alta de 2,27%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 3,66% e saca a R$ 425,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 440,00 e alta de 4,76%. A maior oscilação no dia foi registrada na praça de Franca (SP) com avanço de 4,76% e saca a R$ 440,00.

Na segunda-feira (02), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 417,71 e alta de 1,46%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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