Café: Bolsa de Nova York tem alta de cerca de 200 pts na sessão desta 2ª feira

Publicado em 04/02/2019 16:53

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (04) com altas de cerca de 200 pontos. O mercado externo se ajusta ante a queda na última sexta-feira, mas também repercute as informações sobre o tempo no Brasil.

O vencimento março/19 encerrou o dia a 105,60 cents/lb e alta de 190 pontos e o maio/19 registrou 108,65 cents/lb e avanço de 185 pontos. O contrato julho/19 anotou 111,30 cents/lb 175 pontos positivos e o setembro/19 teve 114,05 cents/lb e 175 pontos de valorização.

"As preocupações com a safra de café do Brasil elevaram os preços do café pela manhã depois que a Somar Meteorologia informou que a precipitação em Minas Gerais, maior estado produtor, foram de apenas 5 mm na semana passada, ou 13% da média histórica", reportou o site Barchart.

Áreas produtoras de café do Brasil, incluindo as de arábica em Minas Gerais e as de conilon no Espírito Santo, estão sem chuvas volumosas por vários dias, segundo relatos dos produtores. A safra 2019/20 do Brasil está em pleno desenvolvimento.

14 cidades produtoras de café, todas elas acompanhadas pelo Sistema para o Monitoramento Agro-energético da cultura do Café da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), estão sem chuvas acima de 2 milímetros há mais 20 dias, em um cenário de altas temperaturas.

"Nesse mês de janeiro, tivemos temperaturas muito altas e poucas chuvas e isso impactou na formação do "coração negro", que são frutos pretos devido às altas temperaturas e nas lavouras mais novas também tivemos frutos que reduziram massa", disse Alysson Fagundes, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé.

Leia mais:
» Lavouras de café da safra 2019/20 sofrem com altas temperaturas e falta de chuvas

Em sua primeira estimativa para a safra 2019/20, divulgada em 17 de janeiro, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), estimava a produção de café no Brasil entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas de 60 kg, levando em conta as variedades arábica e conilon, uma diminuição de 18,1% a 11%.

O dia também foi de ajustes no arábica depois de queda de mais de 200 pontos na última sexta-feira (1º). O câmbio, que impacta as exportações, exerceu pouco impacto sobre os preços nesta segunda-feira. O dólar comercial fechou a sessão com alta de 0,29%, cotado a R$ 3,6728 na venda.

Em entrevista no final da semana passada ao Notícias Agrícolas, o diretor de trading e analista, Rodrigo Costa, afirmou que o dólar deve seguir nos próximos dias sendo o principal agente que pode modificar as cotações. Além disso, a safra brasileira também deve continuar no radar.

Mercado interno

Os negócios com café no Brasil seguem lentos e os preços tiveram oscilação em poucas praças nesta segunda-feira, apesar do avanço externo. Produtores não se animam com os atuais patamares, algumas vezes abaixo dos custos de produção, e vão ao mercado apenas na necessidade de caixa.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 442,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com queda de 3,33% e saca a R$ 435,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 2% e saca a R$ 409,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A maior oscilação no dia ocorreu no Oeste de Bahia com alta de 2,05% e saca cotada a R$ 399,00.

Na sexta-feira (03), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 415,64 e alta de 0,12%.

» Clique e veja as cotações completas do café

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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