Café: Dólar e chuvas no Brasil voltam a pesar e NY cai para 98 cents/lb

Publicado em 28/02/2019 17:44

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (28) com queda próxima de 50 pontos. O mercado foi pressionado pela alta do dólar e informações sobre as chuvas no cinturão do Brasil.

O vencimento março/19 recuou 50 pontos, cotado a 95,20 cents/lb e o maio/19 anotou 98,45 cents/lb com 50 pontos de baixa. Já o contrato julho/19 registrou 55 pontos de negativos, a 101,15 cents/lb e o setembro/19 caiu 60 pontos, a 103,90 cents/lb.

Depois de iniciar o dia em alta, estendendo os ganhos da véspera, o mercado do arábica passou a cair no fim da manhã à medida em que o dólar avançava ante o real. Além disso, voltou a pesar sobre os preços as chuvas em áreas de café arábica do Brasil.

Segundo informações do site internacional Barchart, chuvas foram registradas nos últimos dias sobre o cinturão produtivo do Brasil. Em algumas áreas, inclusive, chegaram a receber acumulados de chuva que já superam a média histórica.

"O Brasil teve um ano de grande produção na safra atual, mas a próxima safra [em desenvolvimento] deve ser menor, pois é ciclo de bienalidade negativa. Chuvas são previstas nesta semana, e as condições de produção melhores", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

A Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé) disse para a Reuters na véspera que a colheita em sua área de abrangência deve começar mais cedo neste ano. A safra ainda está em desenvolvimento e os trabalhos no campo devem começar nos próximos meses.

O câmbio também exerceu importante impacto sobre os preços. O dólar comercial fechou o dia com alta de 0,60%, cotado a R$ 3,7531 na venda, mas atingiu máxima de R$ 3,7585, em dia de fechamento do Ptax. A divisa influência nas exportações do grão.

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro seguiram bastante isolados. Os preços seguem distantes do desejo do produtor. "De modo geral, as baixas estão atreladas à perspectiva de um novo volume satisfatório na safra 2019/20 no Brasil, mesmo em bienalidade negativa", noticiou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 423,00 e queda de 0,47%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 400,00 – estável. A maior oscilação foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,26% e saca a R$ 384,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442,00 - estável. A oscilação mais expressiva ocorreu na Média Rio Grande do Sul com alta de 1,30% e saca a R$ 390,00.

Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 397,40 e alta de 0,27%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Ivanir Matos Espera Feliz - MG

    Porque temos que aceitar esses preços baixos do nosso café se somos o maior produtor de café do mundo? se a Colômbia está querendo impor os preços do seu café por que o Brasil não se ajunta com a Colômbia e acaba logo com essa cachorrada ou vai esperar quebrar os produtores de café primeiro pra depois tomar uma posição??..., não dá para entender que está acontecendo

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