Oferta e dólar voltam a pesar e café arábica cai para 90 cents/lb na Bolsa de Nova York nesta 3ª

Publicado em 16/04/2019 17:25

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As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (16) com quedas próximas dos 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado oscilou mais do lado negativo da tabela durante o dia acompanhando as variações do dólar e dados sobre a oferta.

O vencimento maio/19 encerrou a sesão com queda de 90 pontos, a 90,50 cents/lb e o julho/19 anotou 92,95 cents/lb com 95 pontos de desvalorização. Já os lotes para setembro/19 perderam 85 pontos, cotados a 95,55 cents/lb e o dezembro/19 registrou 99,45 cents/lb com perdas de 85 pontos.

"Uma queda no real para níveis de duas semanas contra o dólar alimentou a liquidação no café nesta terça-feira", destacou o site internacional Barchart. O dólar comercial fechou o dia com alta de 0,85%, cotado a R$ 3,9018 na venda, acompanhando o cenário político no Brasil.

O dólar mais valorizado em relação ao real brasileiro favorece as exportações da commodity, mas pesa sobre os preços. Os futuros do arábica no dia oscilaram entre máxima 91,60 cents/lb e mínima de 89,78 cents/lb no dia, apesar de fecharem acima das mínimas históricas de 13 anos.

Além das oscilações acompanhando o câmbio, o mercado também segue atento com a oferta global. "Os suprimentos no momento estão altos, já que os estoques de café monitorados pela ICE estão modestamente abaixo das máximas de mais de quatro anos em 2,503 milhões de sacas ", disse o Barchart.

Segundo reportagem no Notícias Agrícolas na véspera, cafeicultores brasileiros começaram mais cedo o início da colheita da safra 2019/20 no cinturão dom país. Alguns produtores que já iniciaram os trabalhos no campo relatam alto índice de frutos verdes, mas preferem iniciar a atividade com o temor das chuvas.

"A colheita [do café] começou, mas ainda muito devagar. Algumas poucas pessoas começaram colhendo um café que ainda tem percentual elevado de verdes", disse engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, Alysson Fagundes. Produtores se preocupam com a secagem do café, mas as precipitações podem também derrubar os frutos.

Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, disse que as ideias dos envolvidos de mercado são de que a produção no país fique em cerca de 52 milhões de sacas. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), por sua vez, aponta que safra entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas.

Mercado interno

Segundo o Escritório Carvalhaes, o mercado físico tem ficado calmo nos últimos dias com vendedores retraídos devido às bases ofertadas. Com a queda registrada nesta terça-feira, o tipo 6 duro ficou no patamar de R$ 360,00 a saca de 60 kg em algumas praças importantes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 408,00 e queda de 1,21%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 1,32% e saca a R$ 385,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 385,00 - estável. A oscilação mais expressiva foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,54% e saca cotada a R$ 371,00 no dia.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 381,00 e queda de 1,30%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 1,37% e saca a R$ 370,00.

Na segunda-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 380,58 e alta de 0,91%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Carlos Rodrigues

    Num mercado tão manipulado como este, onde 3 ou 4 empresas manipulam os preços, é tão fácil fabricar noticias... o que acho estranho é que mais de 70% da produção mundial esta em mãos de 3 países e seus governantes continuam acreditar no tal mercado?? ele, na pratica, não existe... os fundos vendedores, com apenas 400 milhões de dólares, atuam no mercado de futuros vendendo a descoberto --isso representa mais de 4 bilhões !! que utilizam para criar pessimismo e empurrar os preços ao fundo, ganhando eles e as torrefatoras milhoes de milhões, basta ver os resultados da Nestle ou Starbucks.

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