Café: Dólar e reação técnica fazem Bolsa de Nova York retomar 90 cents/lb nesta 5ª feira

Publicado em 18/04/2019 17:11

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As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (18) com altas de mais de 300 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e voltaram a 90 cents/lb. O mercado registrou acomodação técnica depois de cair forte nos últimos dias e testar mínimas de 2004.

O vencimento maio/19 encerrou a sessão com alta de 315 pontos, a 90,20 cents/lb e o julho/19 anotou 92,90 cents/lb com 325 pontos de valorização. Já os lotes para setembro/19 avançaram 315 pontos, cotados a 95,40 cents/lb e o dezembro/19 registrou 96,15 cents/lb com 310 pontos de ganhos.

Os lotes com vencimento para maio/19 oscilaram durante o dia entre máxima de 91,40 cents/lb e mínima de 87,05 cents/lb, segundo o portal de cotações Investing. Com os ganhos registrados na sessão, as perdas da véspera foram praticamente anuladas e o mercado voltou ao patamar de 90 cents/lb.

O mercado externo do arábica avançou forte na sessão desta quinta-feira em movimento técnica ante as perdas dos últimos dias que fizeram os primeiros vencimentos a caírem para a casa de 80 cents/lb, testando as mínimas do ano de 2004. A oferta pesava forte sobre os preços.

Além das oscilações técnicas, os futuros do arábica também seguiram na sessão desta quinta-feira o câmbio. "A força do real brasileiro hoje em relação ao dólar impulsionou os preços do café", destacou o site internacional Barchart. Na véspera, as perdas foram de mais de 300 pontos.

Às 16h55, pouco depois do fechamento do arábica na ICE, o dólar comercial recuava 0,10%, cotado a R$ 3,930 na venda, acompanhando a cena política brasileira. A moeda estrangeira mais baixa desencoraja as exportações, mas dá suporte aos preços externos.

"Estávamos numa outra expectativa, de repente aconteceu de empurrar para semana que vem, e a cada empurrada que você dá, maior a chance de sair menos do que se espera, em termos da economia", disse para a Reuters o diretor de câmbio do Banco Paulista Tarcísio Rodrigues, em referência à Previdência.

Apesar da alta na sessão, operadores externos seguem acompanhando informações sobre a safra brasileira. Jack Scoville, analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, também destacou em relatório as ideias de ampla oferta, mas também pontou os reflexos da demanda.

"O Brasil está dominando o mercado e outros exportadores estão tendo dificuldades de encontrar compradores", disse o analista internacional. Cafeicultores brasileiros começaram mais cedo a colheita da safra 2019/20 no cinturão do país com alto índice de frutos verdes e temores com as chuvas.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café seguiu lento durante a semana e com a proximidade do feriado de Páscoa os negócios ficaram ainda mais parados. Analistas acreditam que as transações devem ganhar ritmo com a colheita que começa no país.

"As atividades de colheita dos cafés robusta e arábica da temporada 2019/20 devem ganhar ritmo na semana que vem", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 413,00 e alta de 3,77%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 390,00 e avanço de 2,63%. Essa foi a maior variação de preço no dia.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 386,00 e alta de 4,04%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

Na quarta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 375,48 e queda de 1,47%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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