Combo de fatores climáticos e financeiros provoca alta de mais de 4% nos futuros do café
Fatores climáticos e financeiros foram somados nesta quinta-feira (07) e trouxeram mais de 4% de ganho para os futuros do café nas bolsas de Nova York e Londres. Com isso, como destaca o Barchart, as cotações alcançaram máximas de três semana no arábica e de uma semana para o robusta.
Segundo Fernando Maximiliano, analista de café da StoneX, o mercado reagiu nesta quinta-feira a aspectos técnicos com a rolagem de fundos e aproximação do primeiro dia de aviso, ao movimento de baixa do dólar nesta sessão e a preocupações com o pegamento da florada no Brasil.
Nesta semana, o Escritório Carvalhaes apontou que “após as primeiras chuvas que caíram sobre os cafezais brasileiros, as informações de produtores e agrônomos vão confirmando, como esperado, as más condições das lavouras para reterem as floradas que abriram com a chegada das chuvas”.
Fora do Brasil, uma análise do editor do Weather Wealth, o meteorologista Jim Roemer, destacou que que a “a safra de café do Brasil ainda está comprometida devido ao estresse “anterior” causado pelo calor e pela seca”.
Em relação ao dólar, apesar da moeda americana ter fechado com uma desvalorização diante do real, ao longo do dia esse recuo foi maior, após informação de pacote fiscal do governo brasileiro. No mercado de futuros, o dólar index também registrou queda na sessão desta quinta-feira.
Além disso, para o robusta, há uma atenção para a possibilidade de fortes de chuvas no Vietnã. Conforme o que explica Maximiliano, o excesso de precipitação “afeta a colheita em andamento e gera preocupações com os agentes”.
O Barchart apontou para uma preocupação de que as chuvas inundem campos de café no país asiático. “O Centro Nacional de Previsão Hidrometeorológica do Vietnã e o escritório meteorológico do Planalto Central disseram hoje que o Planalto Central do Vietnã, a principal região produtora de café do país, deve receber chuvas pesadas até sexta-feira”, afirmou o site internacional.
Diante dessa cenário, em Nova York, o café arábica registrou um ganho de 1.165 pontos (4,68%) no contrato dezembro/24, que passou a valer 264,40 cents/lbp. O março/25 passou a valer 259,75 cents/lbp, após avanço de 1.170 pontos (4,75%). O maio/25 subiu 1.165 pontos (4,72%) e foi a 259,35 cents/lbp. O julho/25 fechou negociado em 255,75 cents/lbp, avanço de 1.120 pontos (4,58%).
Na Bolsa de Londres, o robusta fechou com uma alta de US$ 169 (3,91%) no novembro/24, negociado em US$ 4.486/tonelada. O janeiro/25 terminou a sessão com preço de US$ 4.486/tonelada, ganho de US$ 179 (4,16%). O março/25 subiu US$ 176 (4,14%) e foi a US$ 4.424/tonelada. O maio/25 avançou US$ 176 (4,20%) e passou a valer US$ 4.365/tonelada.
Mercado físico
No mercado físico brasileiro, esta quinta-feira também foi de altas expressivas para o café. O Tipo 6 Bebida Dura Bica Corrida subiu 3,90% em Guaxupé/MG e tem preço de R$ 1.600/saca. Em Poços de Caldos/MG o avanço foi de 3,18%, cotado em R$ 1.620/saca. Em Machado/MG o preço foi a R$ 1.590/saca, após ganho de 5,30%.
O Café Cereja Descascado teve alta de 3,10% em Guaxupé/MG e passou a valer R$ 1.662/saca. Em Poços de Caldas/MG o preço subiu 2,98% e foi a R$ 1.730/saca. Em Espírito Santo do Pinhal, o avanço foi de 3,75%, passando a valer R$ 1.660/saca.
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