Futuros do arábica operam acima de US$ 3,40/lb e robusta trabalha na faixa dos US$ 5 mil no início da tarde desta 3ª feira (10)
Dados divulgados pela Volcafe Ltd. (uma das maiores comerciantes de café do mundo) apontam que a produção global de café arábica está caminhando para o quinto ano de déficit, com 8,5 milhões de sacas na temporada 2025-26. As estimativas são baseadas em um tour de colheita de 1.850 fazendas de amostra, que mostrou “o forte impacto” do clima sobre os cafeeiros."Uma seca prolongada de abril a setembro esgotou a umidade do solo, fez com que as folhas caíssem das árvores e impediu a floração. As árvores que deram flores não floresceram e não se desenvolveram mais" completou o relatório.
Segundo a empresa, o Brasil deve produzir apenas 34,4 milhões de sacas do arábica na próxima temporada, registrando uma queda de cerca de 11 milhões de sacas em relação à estimativa de setembro.
Diante deste cenário de oferta comprometida, perto das 12h30 (horário de Brasília), o café arábica trabalhava com avanço de 1.505 pontos no valor de 347,35 cents/lbp no vencimento de dezembro/24, uma alta de 1.525 pontos no valor de 345,35 cents/lbp no contrato de março/25, um aumento de 1.515 pontos cotado por 342,80 cents/lbp no de maio/25, e uma alta de 1.500 pontos no valor de 337,25 cents/lbp no de julho/25.
Já o robusta registrava alta de US$ 254 no valor de US$ 5.500/tonelada no contrato de janeiro/25, um avanço de US$ 266 negociado por US$ 5.466/tonelada no de março/25, uma alta de US$ 263 no valor de US$ 5.403/tonelada no de maio/25, e um ganho de US$ 267 no valor de US$ 5.307/tonelada no de julho/25.
De acordo com o analista de mercado da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, o relatório divulgado pela Volcafe deixa o cenário do mercado cafeeiro ainda mais apreensivo e turbulento, "o horizonte não é nada bonito. A possibilidade de um default de empresas cafeeiras do Brasil, como aconteceu com a Atlântica e Cafebras, deixa o mercado apavorado. O mercado só vai definir quanto tivermos números confiáveis de quanto vamos colher em 2025. Até lá, muita especulação, dólar na estratosfera, juros internos Selic podendo chegar em 14%, produtor sem saber se está ganhando ou não dinheiro, ou seja, um cenário crítico", explicou o analista.
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