Preços do café avançam com ganhos de mais de 2% nas bolsas internacionais no início da tarde desta 2ª feira (19)

Publicado em 19/05/2025 12:38
Mercado segue pressionado pela sazonalidade da entrada da safra brasileira

Os preços do café avançavam trabalhando com ganhos de mais de 2% nas bolsas internacionais no início da tarde desta segunda-feira (19).

Segundo informações do Rabobank, os estoques baixos e oferta limitada sustentam os preços, enquanto conflitos no Mar Vermelho e incertezas sobre as tarifas de importação americanas adicionam volatilidade ao mercado. 

Relatório da Pine Agronegócios aponta que os Estados Unidos continuam sendo o maior comprador individual do café brasileiro. Contudo, é preciso monitorar a partir de agora se o peso das tarifas irão fazer com que o país diminua as importações, com a combinação de preços mais elevados da commodity, somado a tarifa imposta por Trump. "Se isso não ocorrer, entendemos que a demanda permanecerá firme, e os preços poderão se elevar diante de uma menor oferta de arábica", completou o documento.

De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Fraga Moreira, mesmo se o Brasil produzir 64 milhões de sacas, a Colômbia 15 milhões de sacas e Vietnã 28,40 milhões de sacas, novamente o mundo terá um déficit entre produção x consumo que irá entre 9 a 17 milhões de sacas."Agora se a Conab estiver correta, então o déficit global entre produção x consumo será acima das 15 milhões de sacas, e o índice estoque x consumo continuará em níveis críticos, novamente abaixo dos 3%", completou o analista.

Perto das 12h20 (horário de Brasília), o arábica trabalhava com alta de 175 pontos no valor de 378,00 cents/lbp no vencimento de maio/25, um ganho de 955 pontos negociado por 375,20 cents/lb no de julho/25, um avanço de 935 pontos no valor de 371,85 cents/lbp no de setembro/25, e um aumento de 885 pontos no valor de 366,35 cents/lbp no de dezembro/25.

Já o robusta registrava queda de US$ 106 no valor de US$ 4,816/tonelada no contrato de maio/25, um aumento de US$ 91 cotado por US$ 4,956/tonelada no de julho/25, um ganho de US$ 86 negociado por US$ 4,946/tonelada no de setembro/25, e uma alta de US$ 77 no valor de US$ 4,907/tonelada no de novembro/25. 

Por: Raphaela Ribeiro
Fonte: Notícias Agrícolas

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