Força do dólar e realização de lucros consolidam os preços do café arábica mais baixos no fechamento desta 2ª feira (25)
Os preços do café arábica fecham a sessão desta segunda-feira (25) com quedas moderadas, impulsionadas pela força do dólar, que desencadeou a realização de lucros e a longa liquidação em futuros. Já a bolsa de Londres não operou hoje devido feriado local, devendo retornar as atividades nesta terça-feira (26).
Análise divulgada pela StoneX aponta que as regiões produtoras de café arábica no Brasil vêm acumulando perdas devido às condições climáticas adversas dos últimos anos, e essa realidade voltou a pesar em 2025. Com a colheita praticamente encerrada, está cada vez mais claro que o beneficiamento apresentou desempenho superior ao da safra anterior, mas abaixo do esperado para 2025/26. "A StoneX mantém a estimativa da safra brasileira de robusta em 25,8 milhões de sacas, o que representa um aumento de 21,9% em relacão à temporada anterior. Mas, para o arábica a estimativa de produção foi reduzida em 5 .7% frente à projecão anterior, para 36,5 milhões de sacas, correspondendo assim uma queda de 18,4% no comparativo anual diante os impactos do clima nas principais áreas produtoras do Brasil", completou o documento.
Segundo relatório da Pine Agronegócios, a produção brasileira enfrenta limitações climáticas e fisiológicas que já cortaram parte do potencial da safra. "O estresse pós-colheita da safra 2025/26, somado às geadas e chuvas de pedra registradas em regiões chave do Sul de Minas após agosto, comprometeu a recuperação vegetativa das plantas. Em áreas que produziram muito em 25/26, a reposição de folhas não ocorreu de forma adequada, o que reduz a base fisiológica para o pegamento das floradas", completou o documento.
Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que o clima continua incerto no Brasil, com secas, chuvas irregulares e fortes frentes frias nas principais regiões produtoras de café do Brasil. Estamos no final de agosto, ainda no início do ano safra 2025/2026, faltando muitos meses até o início da próxima colheita, mas a possibilidade de uma safra recorde de café no Brasil em 2026 diminuiu muito, está praticamente afastada. Fora este cenário, o mercado cafeeiro ainda enfrenta os fundamentos: estoques em níveis historicamente baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores, e a desorganização no comércio internacional de café com o tarifaço dos EUA.
Em NY, o arábica fecha o dia com baixa de 70 pontos no valor de 389,95 cents/lbp no vencimento de setembro/25, um recuo de 55 pontos no valor de 377,75 cents/lbp no de dezembro/25, e uma perda de 35 pontos negociado por 368,15 cents/lbp no de março/26.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, o Café Arábica Tipo 6 encerra com alta de 4,78% em Machado/MG no valor de R$ 2.410,00/saca, um ganho de 4,65% em Maringá/PR cotado por R$ 2.250,00/saca, e um avanço de 0,87% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.310,00/saca. Já o Cereja Descascado registra ganho de 0,84% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.389,00/saca, e uma valorização de 0,64% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.370,00/saca.
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