Sem novos fundamentos, os preços do café caminhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta 5ª feira (25)
Os preços do café trabalhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta quinta-feira (25). Sem novos fundamentos, mercado cafeeiro segue pressionado pelos fundamentos: baixos estoques, clima irregular que traz peocupação para o potencial produtivo da safra/26 no Brasil, e o impacto do tarifaço sobre as exportações brasileiras.
Segundo o Barchart, as tarifas de 50% impostas aos EUA sobre as importações do Brasil levaram a uma forte redução nos estoques de café da ICE. Compradores americanos estão anulando novos contratos de compra de grãos brasileiros devido às tarifas, restringindo assim a oferta americana, já que cerca de um terço do café não torrado dos EUA vem do Brasil.
As fortes chuvas previstas para o resto do mês nas Terras Altas Centrais do Vietnã, a principal região de cultivo do país, podem prejudicar as cerejas que estão entrando na fase final de desenvolvimento antes da colheita, e estão pressionando os futuros em Londres.
Informações do portal internacional Bloomberg, existe a expectativa que o Vietnã (maior produtor mundial de robusta) colha sua maior safra em quatro anos após boas chuvas, o que pode ajudar a aliviar a oferta restrita e pressionar os preços globais para baixo. A produção deve aumentar para 1,76 milhão de toneladas na temporada 2025-26, de acordo com a estimativa mediana de sete traders, produtores, exportadores e analistas consultados pela Bloomberg News. "Um fluxo maior de grãos no mercado pode ajudar a suprir a escassez global após safras abaixo do esperado nas duas temporadas anteriores e ajudar a suavizar os preços, que dispararam 42% no mês passado", completa ainda a publicação do portal.
Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica trabalhava com ganho de 85 pontos no valor de 368,60 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um aumento de 70 pontos no valor de 349,10 cents/lbp no de março/26, e uma alta de 40 pontos negociado por 335,80 cents/lbp no de maio/26.
O robusta registrava queda de US$ 54 no valor de US$ 4,165/tonelada no contrato de novembro/25, uma baixa de US$ 40 cotado por US$ 4,145/tonelada no de janeiro/26, e uma perda de US$ 31 no valor de US$ 4,102/tonelada no de março/26.