Sem novos fundamentos, os preços do café caminhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta 5ª feira (25)

Publicado em 25/09/2025 09:17
Mercado segue monitorando clima e oferta global

Os preços do café trabalhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta quinta-feira (25). Sem novos fundamentos, mercado cafeeiro segue pressionado pelos fundamentos: baixos estoques, clima irregular que traz peocupação para o potencial produtivo da safra/26 no Brasil, e o impacto do tarifaço sobre as exportações brasileiras. 

Segundo o Barchart, as tarifas de 50% impostas aos EUA sobre as importações do Brasil levaram a uma forte redução nos estoques de café da ICE. Compradores americanos estão anulando novos contratos de compra de grãos brasileiros devido às tarifas, restringindo assim a oferta americana, já que cerca de um terço do café não torrado dos EUA vem do Brasil.

As fortes chuvas previstas para o resto do mês nas Terras Altas Centrais do Vietnã, a principal região de cultivo do país, podem prejudicar as cerejas que estão entrando na fase final de desenvolvimento antes da colheita, e estão pressionando os futuros em Londres.
Informações do portal internacional Bloomberg, existe a expectativa que o Vietnã (maior produtor mundial de robusta) colha sua maior safra em quatro anos após boas chuvas, o que pode ajudar a aliviar a oferta restrita e pressionar os preços globais para baixo. A produção deve aumentar para 1,76 milhão de toneladas na temporada 2025-26, de acordo com a estimativa mediana de sete traders, produtores, exportadores e analistas consultados pela Bloomberg News. "Um fluxo maior de grãos no mercado pode ajudar a suprir a escassez global após safras abaixo do esperado nas duas temporadas anteriores e ajudar a suavizar os preços, que dispararam 42% no mês passado", completa ainda a publicação do portal. 

Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica trabalhava com ganho de 85 pontos no valor de 368,60 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um aumento de 70 pontos no valor de 349,10 cents/lbp no de março/26, e uma alta de 40 pontos negociado por 335,80 cents/lbp no de maio/26.

O robusta registrava queda de US$ 54 no valor de US$ 4,165/tonelada no contrato de novembro/25, uma baixa de US$ 40 cotado por US$ 4,145/tonelada no de janeiro/26, e uma perda de US$ 31 no valor de US$ 4,102/tonelada no de março/26. 

Por: Raphaela Ribeiro
Fonte: Notícias Agrícolas

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