Preços do café encerram sessão desta 6ª feira (10) em queda com previsão de chuvas no Brasil
Os preços do café tiveram mais um dia com fortes oscilações, mas se consolidaram em queda de mais de 1% nas bolsas internacionais no fechamento da sessão desta sexta-feira (10). Segundo o Barchart, os preços do arábica registram a menor cotação em uma semana, e as baixas foram estimuladas devido às previsões de chuva nas regiões produtoras do Brasil. Outro ponto que contribuiu para as perdas nas cotações futuras foi o fato do real cair para a mínima em dois meses em relação ao dólar.
O Climatempo afirmou que algumas áreas de Minas Gerais devem receber uma "quantidade significativa" de chuva, de até 30 mm, o que deve favorecer a floração do café.
De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, o mercado vem trabalhando nos últimos 2 meses (desde o dia 08 de agosto) basicamente com as preocupações com os efeitos climáticos nas próximas safras da América Central e Vietnã e do Brasil. "No Vietnã, o que parecia ser uma safra 25/26 tranquila, com previsões para uma safra abundante, ao redor dos 30 milhões de sacas, agora está trazendo muita incerteza
em função dos estragos dos últimos 2 furacões que castigaram o país nos últimos 15 dias (furacão Ragasa e o furacão Bualoi). Em estágio final da maturação das lavouras os estragos ainda não foram totalmente dimensionados, porém, pela reação do mercado em Londres algum estrago significativo deve ter ocorrido. Já no Brasil, as chuvas tinham sumido dos radares, porém novos modelos meteorológicos estão indicando chuvas significativas entre os dia 9-15 de outubro. Essas chuvas são muito bem vindas e necessárias para reduzir/eliminar o stress hídrico e contribuir com o pegamento das recentes floradas", completou o analista.
Em NY, o arábica encerra o dia com queda de 420 pontos no valor de 373,05 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um recuo de 405 pontos negociado por 356,35 cents/lbp no de março/26, e uma baixa de 425 pontos no valor de 343,75 cents/lbp no de maio/26.
Já o robusta registra a perda de US$ 88 no valor de US$ 4,480/tonelada no contrato de novembro/25, uma baixa de US$ 81 no valor de US$ 4,391/tonelada no de janeiro/26, e uma queda de US$ 74 cotado por US$ 4,333/tonelada no de março/26.
Mercado Interno
Informações do Cepea mostram que no mercado físico brasileiro, mesmo registrando forte valorização, os produtores seguem comercializando de forma cautelosa, ainda à espera de valores mais atrativos. O mercado interno segue lento, com negócios acontecendo “da mão para a boca”.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 fecha o pregão com ganho de 2,30% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.220,00/saca, um aumento de 2,21% em Poços de Caldas/MG negociado por R$ 2.310,00/saca, e um avanço de 1,86% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.191,00/saca. Já o Cereja Descascado registra alta de 2,24% em Campos Gerais/MG cotado por R$ 2.280,00/saca, e uma valorização de 1,17% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.590,00/saca.