Mercado cafeeiro se consolida novamente com ganhos de mais de 2% no fechamento da sessão desta 3ª feira (18)

Publicado em 18/11/2025 17:15
Taxação mantém pressão sobre os preços futuros

O fato do café brasileiro continuar sujeito as tarifas substanciais dos EUA pressionou por mais um dia o mercado futuro, e consolidou ganhos de mais de 2% nas bolsas internacionais no fechamente da sessão desta terça-feira (18).

Na última sexta-feira (14), a Casa Branca divulgou uma nova orientação para retirada da taxa recíproca de 10% sobre a importação dos cafés do Brasil aos EUA, mas manteve a continuidade dos 40% adicionais (em vigor desde agosto deste ano). 

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Boletim do Escritório Carvalhaes destaca que nesse novo cenário, os cafés brasileiros ficaram em forte desvantagem ante seus principais concorrentes para entrarem nos EUA."A manutenção do tarifaço de 40% sobre a compra de nossos cafés pelas indústrias e importadores americanos é fortemente prejudicial aos produtores brasileiros e aos consumidores americanos. Temos de melhorar o diálogo e continuar negociando com o governo dos EUA. Os demais fundamentos de mercado continuarão os mesmos: incertezas climáticas, que seguem afetando a produção no Brasil e nos demais países produtores,  continuamos com os baixos níveis dos estoques globais", completou ainda o documento.

Informações do Barchart destacam que a redução dos estoques de café da ICE também está dando suporte aos preços. As tarifas levaram a uma queda acentuada nos estoques. Nesta segunda-feira (18) os do arábica caíram para o menor nível em mais de 1 ano, atingindo 400.790 sacas, e os do robusta recuaram para o menor nível em 4 meses, atingindo 5.648 lotes. "Os compradores americanos estão cancelando novos contratos de compra do grão brasileiro devido às tarifas, restringindo assim a oferta nos EUA", completou ainda o portal.

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O arábica encerra o pregão registrando ganho de 1.280 pontos no valor de 415,35 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um aumento de 1.110 pontos no valor de 387,70 cents/lbp no de março/26, e um avanço de 1.150 pontos no valor de 370,25 cents/lbp no de maio/26. 

Já o robusta fecha com a valorização de US$ 121 cotado por US$ 4,574/tonelada no contrato de novembro/25, um ganho de US$ 90 no valor de US$ 4,573/tonelada no de janeiro/26, e um aumento de US$ 93 no valor de US$ 4,461/tonelada no de março/26.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro o Café Arábica Tipo 6 registra alta de 4,41% em Varginha/MG no valor de R$ 2.370,00/saca, um aumento de 2,63% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.345,00/saca, e um avanço de 2,59% em Franca/SP no valor de R$ 2.380,00/saca. O Cereja Descascado encerra com alta de 3,38% em Varginha/MG no valor de R$ 2.450,00/saca, e um ganho de 1,98% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.580,00/saca. 
 

Por: Raphaela Ribeiro
Fonte: Notícias Agrícolas

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