Café: Valorização do real consolida ganhos moderados nas bolsas internacionais no fechamento desta 6ª feira (28)
Os preços do café se consolidaram em ganhos moderados no fechamento da sessão desta sexta-feira (28). Segundo o Barchart, os preços subiram para as máximas de uma semana e fecharam em alta devido à valorização do real em relação ao dólar, o que desestimulou as vendas para exportação por parte dos cafeicultores brasileiros.
Pesquisadores do Cepea destacam que ambos os mercados (externo e interno) ainda estão sendo influenciados pela menor oferta e pelos baixos estoques globais, e são esses fatores que estão dando suporte às cotações futuras e trazendo volatilidade as bolsas internacionais.
O clima também segue como um dos principais agentes desta volatilidade, uma vez que eventos climáticos adversos ameaçam reduzir a produção de café. Os futuros do arábica estão sustentados por preocupações com a seca no Brasil, já que na última segunda-feira (24), o Climatempo informou que Minas Gerais, recebeu 26,4 mm de chuva na semana encerrada em 21 de novembro, ou 49% da média histórica.
Nos últimos dias, chuvas torrenciais e fortes ventos atingiram o Vietnã, atrasando a colheita de robusta do país e trazendo preocupação sobre a safra recorde prevista da variedade. A Associação Vietnamita de Café e Cacau previu que a produção para a safra de 2025-26 do país asiático poderia ser 10% maior do que no período anterior, o que a tornaria a maior safra em quatro anos.
De acordo com informações da Reuters, autoridades vietnamitas alertam sobre o retorno das chuvas com a passagem da tempestade Koto, prevista para atingir a região central do país no início da próxima semana.
Em NY, o arábica encerra o pregão com alta de 150 pontos nos vencimentos de dezembro/25 e março/26 no valor de 413,00 cents/lbp e 381,20 cents/lbp, e um ganho de 130 pontos negociado por 364,00 cents/lbp no de maio/26.
Já o robusta registra a valorização de US$ 26 no valor de US$ 4,565/tonelada no contrato de janeiro/26, e um aumento de US$ 24 cotado por US$ 4,413/tonelada no de março/26, e um ganho de US$ 30 no valor de US$ 4,335/tonelada no de maio/26.
Mercado Interno
Segundo a Safras & Mercado, durante o mês de novembro, no mercado físico brasileiro as cotações seguiram o comportamento das bolsas. Os produtores dosaram a oferta e os compradores também estiveram na defensiva diante de toda a volatilidade.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas as negociações ficaram praticamente paralisadas nesta 6ª feira, com o Café Arábica Tipo 6 registrando queda de 0,84% em Machado/MG no valor de R$ 2.370,00/saca, e uma baixa de 0,43% em Campos Gerais/MG negociado por R$ 2.325,00/saca. Já o Cereja Descascado encerra apenas com a desvalorização de 0,42% em Campos Gerais/MG cotado por R$ 2.385,00/saca.