Com o clima no Brasil no radar, preços do café seguem com alta volatilidade

Publicado em 10/12/2025 10:02
Bolsas caminhavam em lados opostos na manhã desta 4ª feira (10)

Os preços do café trabalhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira (10).

De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos do mercado permanecem os mesmos: as incertezas climáticas que seguem afetando a produção de café no Brasil e nos demais países produtores, e os baixos estoques globais. "O Brasil, maior produtor e exportador mundial, além de segundo maior consumidor, está sem estoques remanescentes, tendo colhido em 2025 uma safra menor do que a projetada inicialmente. Além desse quadro, nossas regiões produtoras já sofreram durante este ano com diversos problemas climáticos, diminuindo assim as expectativas cpara a produção de 2026", completou o documento.

Pesquisadores do Cepea destacam que os bons volumes de chuvas registrados em muitas regiões produtoras de café arábica nos últimos dias, vêm trazendo um certo otimismo ao setor, à medida que isso tende a favorecer então o potencial produtivo da nova safra (2026/27). Já para o robusta, apesar de um período mais seco que prejudicou o início da temporada, chuvas no norte do Espírito Santo, onde se concentra a maior parte da área da variedade, têm ocorrido em quantidades ainda maiores.   

Os futuros do robusta estão sobre pressão diante perspectiva de que as exportações de café do Vietnã estão a caminho de aumentar, com mais de 10% da colheita da variedade já concluída, conforme divulgou o presidente da Associação Vietnamita de Café e Cacau no final do último mês. 

Perto das 9h50 (horário de Brasília) o arábica trabalhava com queda de 185 pontos no valor de 394,20 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um aumento de 110 pontos no valor de 369,85 cents/lbp no de março/26, e um ganho de 130 pontos negociado por 352,70 cents/lbp no de maio/26.

O robusta registrava queda de US$ 41 no valor de US$ 4,187/tonelada no contrato de janeiro/26, uma baixa de US$ 33 cotado por US$ 4,076/tonelada no de março/26, e uma desvalorização de US$ 34 no valor de US$ 4,000/tonelada no de maio/26. 
 

Por: Raphaela Ribeiro
Fonte: Notícias Agrícolas

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