Colômbia normalizou entregas de café, diz ministro
Os embarques de café da Colômbia, terceiro maior exportador do mundo, estão normalizados após atrasos nas entregas nos últimos meses devido a uma escassez de grãos, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Agricultura, Andres Fernandez.
Os estoques privados de café estão subindo e totalizam agora 700 mil sacas de 60 kg, ante média histórica de 3 a 3,5 milhões de sacas, mas acima de um nível considerado pelo governo como "mínimo historicamente", de 600 mil sacas.
"A Colômbia teve atrasos (nos embarques) para o mercado internacional mas agora está em dia. Estão normalizados", disse Fernandez, afirmando que não houve "defaults".
O ministro está em São Paulo para se reunir com líderes empresariais para promover o potencial agrícola do país e atrair investimentos.
A florada da nova safra de café, cuja colheita começará em outubro, está "muito boa" e a produção pode alcançar 11,5 milhões de sacas de 60 kg, contra 10,5 milhões na temporada anterior, quando a safra sofreu com as chuvas, disse ele.
O segundo semestre de 2008 foi o mais úmido na Colômbia em 15 anos.
Importante fornecedor de arábica, a Colômbia chegou a produzir no passado até 14 milhões de sacas de café, seu principal item de exportação, com uma renda anual de cerca de US$ 2,5 bilhões.
Além dos problemas climáticos, a produção em 2008 foi afetada por um programa de renovação de cafezais.
Os produtores estão replantando uma média de 60 mil hectares por ano e 300 mil hectares de uma área total de 876 mil hectares ainda devem passar pela renovação nos próximos anos, disse Fernandez.
"Até 2012/13, queremos ter 100% de nossa área de café plantada com novas variedades, mais resistentes a doenças e mais produtivas", disse ele.
Cana
O recente salto nos preços do açúcar para o maior nível em quase 30 anos em Nova York deve impulsionar o plantio de cana no país, de acordo com o ministro.
Várias usinas já manifestaram planos de elevar a área plantada, que totaliza 240 mil hectares no país - sendo 200 mil hectares dedicados à produção de açúcar o restante para o etanol.
"Isso nos preocuparia se não tivéssemos a capacidade de produzir etanol", disse Fernandez, citando que os produtores podem desviar mais cana para o etanol em caso de uma queda nos preços do açúcar.
A capacidade de produção de etanol da Colômbia está atualmente em 1 milhão de l por dia e deve chegar a 1,4 milhões até o final de 2009, quando duas novas usinas entrarão em operação.
0 comentário

CNA: Preço do quilo do café está mais caro do que um dia trabalhado de quem ganha um salário mínimo

Exportações de café do Brasil aumentam 9,5% em janeiro na comparação com 2024

Após fortes valorizações, preços futuros do café encerram a semana em campo misto na Bolsa de Nova York

Café em Prosa #200 - Café do Cerrado Mineiro registra crescimento de 160% na certificação de origem em 2024

Preço do café arábica passa a trabalhar com realização de lucros na tarde desta 6ª feira em NY

Produção de café da Colômbia aumenta 41% em janeiro