BA: Chuva favorece cultivo e eleva em 6,6% produção de café no cerrado
A chuva que já caiu na região do cerrado baiano nesta safra – e que em alguns pontos ultrapassou os 600 mm – animou os produtores da região, principalmente os que cultivam café. A expectativa é produzir 36.585 toneladas em 2009-2010, ultrapassando em 6,67% o resultado da safra passada.
Entre soja, milho, algodão, café e outras culturas, a previsão é produzir mais de cinco milhões de toneladas. Até agora, o café – que ocupa uma área irrigada de 15.125 hectares – é uma das culturas que apresentam resultados mais satisfatórios. Segundo o conselheiro técnico da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) para o setor de café, Glauber de Castro, as chuvas de setembro e outubro foram fundamentais para garantir boa florada.
“Nos anos anteriores, só choveu em novembro, o que atrapalhou este processo inicial da safra”, diz. Em 2007, a média de produção ficou em 28,5 sacas por hectare. No ano passado, foi de 39,1 sacas por hectare. Para 2009, a projeção inicial era de uma média regional de 45 sacas/hectare. “Mas se continuar neste ritmo de chuvas, vamos chegar à média de 48 sacas/hectare”.
Produtividade - Mas os cafeicultores da região não comemoram apenas a perspectiva de aumento na produtividade. Eles estão entusiasmados também com os pequenos, mas gradativos aumentos de preço que a saca de 60 kg do café especial tipo cereja (que é o produzido no cerrado baiano) vem registrando desde novembro.
“A média anual está em pouco mais de R$ 240 a saca, mas nos últimos dias o preço saltou para R$ 260 e chegou até R$ 270, nos casos de cafés mais finos”, salienta o gerente administrativo da Associação de Cafeicultores do Oeste (Abacafé), Ivanir Maia. Ele ressalta que nos últimos anos a cultura ficou estagnada na região “em termos de implantação de novas áreas, por causa dos baixos preços do produto e os custos de produção”.
Sem revelar os valores totais que a cafeicultura movimenta no oeste baiano, o diretor da Aiba ressalta que a atividade é importante para a economia regional, não apenas pela diversificação de culturas, mas também pelo grande número de empregos gerados em todas as etapas da produção.
Reação dos preços - Para Glauber de Castro, a esperada reação dos preços “se deve a uma oferta menor do que a procura no mercado, em se tratando de cafés finos”. Ele enfatiza que durante anos, com a baixa produtividade e os preços pouco atraentes, muitos cafeicultores amargaram prejuízos, o que estagnou o crescimento do setor.
O conselheiro técnico da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia considera este momento salutar para a atividade no cerrado baiano porque melhora a confiança da classe produtora e induz novos investidores a aplicarem recursos na região.
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