Senador Camata registra estudo que aponta benefícios do consumo moderado de café

O senador Gerson Camata (PMDB-ES) saudou a passagem do Dia Internacional do Café, comemorado nesta quarta-feira (14), comentando estudo da Universidade de Coimbra segundo o qual o consumo moderado da bebida beneficia portadores de doenças crônicas como o mal de Parkinson e diabetes.

O estudo foi realizado por pesquisadores do setor de neurociências da universidade e poderá favorecer a comercialização do café brasileiro no mercado internacional, disse Camata. Atualmente, o Brasil é o maior produtor de café do mundo, ressaltou o senador.

Além de destacar a importância econômica do café no Brasil, Camata disse que há um movimento atual para introduzir o consumo de café nas escolas norte-americanas como forma de banir a junk food. O termo caracteriza alimentos ricos em calorias e gorduras saturadas, mas pobres em fibras e nutrientes, como vitaminas e sais minerais.

Vietnã

Em seu discurso, Camata também lamentou decisão recente da indústria de café solúvel de importar 2 milhões de sacas do produto do Vietnã. Ele disse que essa é uma "notícia triste" para o setor cafeeiro nacional. A decisão, disse o senador, "é uma crueldade" com os produtores brasileiros, que atualmente enfrentam uma crise em razão do preço reduzido do café no mercado internacional.

Camata argumentou que o café do Vietnam não é aceito nos países mais civilizados do mundo, porque naquele país são usados defensivos agrícolas proibidos no mercado internacional e mão de obra escrava.

- Nessa hora de dificuldades, não podemos golpear os produtores. O maior produtor de café do mundo não pode importar o pior café do mundo - afirmou.

Camata assinalou que o Espírito Santo é o maior produtor de café robusta na atualidade. O cultivo de café emprega 220 mil pessoas e é a principal atividade econômica do estado.