Regras de qualidade do café reforçam liderança do Brasil no setor, diz Rossi

Publicado em 25/05/2010 07:27 e atualizado em 25/05/2010 09:05
No Dia Nacional do Café, comemorado nesta segunda-feira (24), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, assinou a instrução normativa que vai garantir a qualidade da segunda bebida mais consumida no Brasil, atrás apenas da água. Na ocasião, Rossi destacou o ineditismo da medida em nível internacional. “No mundo inteiro, não há uma exigência real de qualidade do café em grão e do café torrado e moído. Portanto, é o primeiro regulamento desta natureza, o que mantém o Brasil na liderança do setor cafeeiro”, avaliou. As normas serão publicadas no Diário Oficial da União de amanhã (25).

O ministro disse, ainda, que a medida é um ato de respeito ao consumidor e que o marketing de outros países alterou a visão mundial sobre o café produzido no País, inclusive a da população brasileira. “Precisamos mostrar que produzimos com profissionalismo e dedicação. Quem tem o melhor café do mundo não pode ter o mito de que o bom produto só vai para o exterior”, enfatizou.

As novas regras de qualidade começarão a vigorar em fevereiro de 2011. O prazo servirá para que os torrefadores se adaptem à novidade e os técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) se preparem para a fiscalização do produto. Equipes coletarão amostras de diversas marcas presentes no comércio varejista ou na indústria para análise de impurezas em laboratório oficial ou credenciado. Haverá, ainda, a prova da xícara, feita a partir da degustação da bebida.

O secretário de Produção e Agroenergia do Mapa, Manoel Bertone, explicou que as empresas que não atenderem os critérios impostos poderão sofrer punições. “Serão inibidas as marcas que não respeitam o consumidor e concorrem de forma desleal com a indústria de torrefação brasileira, com misturas impróprias. Permanecerão aqueles torrefadores que cumprem as regras, têm produto honesto e alcançarão esse nível de qualidade sem grande dificuldade”. Isso, na opinião do secretário, terá como resultado maior consumo interno, melhores preços ao produtor e valor justo ao comprador.

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Fonte: Mapa

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