Cafeicultores de Minas se classificam entre os melhores do país
Na edição deste ano, encerrada na última sexta-feira (18-03), em São Paulo, foram analisadas 366 amostras vindas de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Somente dois estados disputaram as primeiras colocações: Minas Gerais, com sete finalistas, e São Paulo, com três produtores classificados.
A produtora Mariana de Carvalho Junqueira, do município de Dom Viçoso, no Sul de Minas, foi classificada em segundo lugar. Conhecida na região como D. Marianinha, ela afirma que a família reúne cinco gerações de cafeicultores. Aos 83 anos, ela se define como uma apaixonada pela cultura, e guarda na coleção vários prêmios alcançados pela qualidade do café produzido na fazenda Rancho São Benedito. “O grande incentivo é a satisfação de ver o nosso trabalho reconhecido”, afirma.
A propriedade possui 80 hectares de lavouras de café e duas certificações: o Certifica Minas Café, programa do Governo do Estado, que atesta a conformidade das propriedades cafeeiras com os requisitos do comércio mundial; e o UTZ Certified, fornecido por um órgão internacional para a certificação do café.
Técnicas que garantem a qualidade
Segundo o engenheiro-agrônomo da Emater-MG, Luciano Neves, um dos técnicos responsáveis pela assistência técnica na propriedade, são seguidas várias técnicas nos períodos de pré e pós-colheita para se obter a produção reconhecida pela qualidade. “São feitas análises de solo e adubações de acordo com o resultado, tratos culturais durante todo o ano, análise foliar e controle de pragas e doenças”, explica o técnico.
D. Marianinha ressalta, ainda, que o forte na sua propriedade são os cuidados dispensados ao café após a colheita. “Não adianta nada ter um café de boa origem se não tiver um cuidado à altura, depois que ele é tirado do pé”, afirma. No Rancho São Benedito, as lavouras possuem rastreabilidade; o café é colhido separadamente, de acordo com as variedades, sem misturá-las. O café é esparramado em pátios concretados e a secagem é feita em secadores mecânicos. “São esses cuidados que garantem a qualidade do nosso café, aliados aos cuidados sócio-ambientais ”, garante a produtora. A produtividade estimada é de 30 sacas por hectare, e a comercialização é feita por intermédio da Cooperativa Regional dos Cafeicultores Vale do Rio Verde (COCARIVE) e para cafeterias de São Paulo.
Classificação dos cafeicultores mineiros
Além de Mariana Junqueira, classificada em segundo lugar no 20º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para ‘Espresso’, também se classificaram como finalistas a Fazenda Sertãozinho Ltda, de Botelhos - Sul de Minas (3º lugar); Maron Aziz Alexandre, Cajuri - Zona da Mata (4º lugar); Clovis Carvalho Filho, de Campos Altos - Alto Paranaíba (5º lugar); Luiz Flavio Pereira de Castro, Carmo de Minas – Sul de Minas (6º lugar); Adolfo Henrique Vieira Ferreira, Monte Belo – Sul de Minas (7º lugar); Marcelo José Rios, Araxá – Alto Paranaíba (8º lugar). O produtor Esmerino Joaquim Ribeiro do Vale, de Guaxupé, no Sul de Minas, foi escolhido o ‘Fornecedor do Ano’ safra 2010/2011.
0 comentário
Café: preços seguem firmes e com recuo nas bolsas internacionais no inicio da tarde desta 4ª feira (18)
Rabobank aponta excedente global de café em 1,3 mi sacas na próxima temporada
Café: preços iniciam trabalhos desta 4ª feira (18) com recuo nas bolsas internacionais
Café/Cepea: Robusta opera na casa dos R$ 1.500; neste ano, preço subiu 100%
Chinesa Luckin comprará U$2,5 bi em café brasileiro, diz ApexBrasil
Mercado do café encerra sessão desta 3ª feira (17) com ganhos moderados nas cotações futuras