Cooxupé diz ter recebido pouco café da nova safra até agora

Publicado em 01/06/2011 10:40

A colheita de café na região da Cooxupé, a maior cooperativa cafeeira do mundo, no sul de Minas Gerais, começou por volta do dia 15 de maio, mas o volume do produto recebido ainda é pequeno.

"Entrou muito pouco café da safra nova na cooperativa," afirmou o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino da Costa, em entrevista a jornalistas antes do 4o Fórum & Coffee Dinner, promovido pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Antes de chegar à cooperativa, o café precisa ser seco e beneficiado. Além disso, muitos produtores ainda não iniciaram a sua colheita, esperando um melhor amadurecimento do grão visando a qualidade.

A Cooxupé, neste ano de baixa do ciclo bianual do arábica, prevê uma safra 30 por cento menor em sua área de atuação na comparação com a temporada passada.

A cooperativa, entretanto, espera receber entre 3,6 e 3,8 milhões de sacas neste ano, contra 4,4 milhões de sacas em 2010. A queda seria em torno de 15 por cento, mas Costa destaca que deverá ser um recebimento maior do que no último ano de baixa, disse ele sem dar mais detalhes.

"A qualidade vai ser boa, houve uma florada só, a safra será homogênea, não está chovendo (na colheita)," afirmou, destacando a boa expectativa com a nova safra, embora ela seja menor.

"Está dando um percentual alto de cerejas," acrescentou.

PREÇOS INCENTIVAM

Segundo Costa, os bons preços registrados no mercado permitem que os produtores busquem produzir um café de melhor qualidade, o que deve favorecer as vendas do produto brasileiro no mercado internacional.

"Faz com que os produtores invistam em maquinários, mecanização, isso é muito positivo."

Questionado se ele vê expansão de área diante dos bons preços, ele respondeu: "Certamente vai ter...."

Mas ele disse ser difícil prever qual será a expansão.

"O café com esse preço é um bom negócio. Tem profissionais liberais, médicos, comerciantes que querem diversificar", comentou, lembrando que a cotação atual, em torno de 500 reais por saca, é atrativa para esses eventuais investidores.

Ele observou, entretanto, que a formação de preços no mercado internacional depende, além dos fundamentos, da situação financeira internacional.

No que depender dos fundamentos, a situação é boa para o produtor, com a demanda crescendo mais rapidamente que a produção.

Sobre questões climáticas que podem interferir nos preços, ele avaliou que os riscos de geadas atualmente são menores, já que os cafezais brasileiros migraram para regiões mais quentes.

"Se vier geada, não vai ser tão devastadora como foi no passado."

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Fonte:
Reuters

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