Falta mão de obra para colheita do café conilon no Espírito Santo
Os trabalhadores de Minas Gerais e da Bahia, que procuram ocupação nas lavouras capixabas, este ano quase não apareceram. Na Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel da Palha, a Cooabriel, ninguém procurou trabalho até agora. “Estes estados passaram a plantar café também nas divisas. O povo daqui, principalmente a juventude, está preferindo trabalhar em fábricas de roupas. Está muito difícil encontrar quem queira trabalhar na lavoura”, explica Antônio Joaquim Neto, presidente da cooperativa.
Para não prejudicar a safra, alguns donos de propriedades levam ônibus até a Bahia para buscar trabalhadores com todas as despesas pagas. Mas nem todo mundo pode investir tanto e aí o jeito e ficar sem mão de obra.
Com a falta de trabalhadores, o café está passando da hora de ser colhido. Os grãos estão secos e a broca aparecendo, um inseto difícil de ver a olho nu, que causa um estrago grande. Ele se alimenta dos grãos e compromete a colheita. "Vai ficar grão para trás, tanto no pé quanto no solo, e no próximo ano teremos que entrar com controle da broca mais cedo porque o foco vai ficar de um ano para o outro", explica o agrônomo João Luís Perini.
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