CAFÉ: Fundamentos permanecem sólidos e continuam apontando para um precário equilíbrio entre produção e consumo mundial

Publicado em 11/11/2011 16:58
O mercado de café não se alterou esta semana. As bolsas de futuro oscilaram bastante
acompanhando os demais mercados e o desenvolvimento das negociações entre os lideres europeus, tentando equacionar a grave crise econômica na zona do euro e seus possíveis desdobramentos.
          
Começam a circular informações que a falência da corretora MF Global, uma das maiores dos
EUA, esta provocando transtornos a participantes dos mercados de derivativos pelo mundo, entre eles exportadores de café. Estima-se que cerca de US$ 600 milhões de clientes da MF Global simplesmente sumiram pouco antes do colapso da corretora (informações da Agência Estado)
         
Os preços no mercado físico brasileiro permaneceram estáveis, com boa procura para os arábicas
de qualidade. Os fundamentos permanecem sólidos e continuam apontando para um precário equilíbrio entre produção e consumo mundial. As chuvas continuam prejudicando o andamento da colheita de café na Colômbia e nos países produtores da América Central.  
         
Segundo a OIC – Organização Internacional de Café, a safra mundial de café 2011/2012, em
andamento, deve apresentar redução de 4,3%, ficando em 127,4 milhões de sacas, para um consumo mundial de 135 milhões de sacas (consumo em 2010).  
          
A Federação Européia de Café informou que em setembro os estoques de café nos portos europeus caíram 735,8 mil sacas, para 12,6 milhões de sacas.  
        
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de
outubro foram embarcadas 3.088.737 de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 12% (401.811 sacas)  menos que no mesmo mês de 2010 e 5% (160.635 sacas) mais que no último mês de setembro. Foram 2.614.649 sacas de café arábica e 232.572 sacas de  café conillon, totalizando 2.847.221 sacas de café verde, que somadas a 236.745 sacas de solúvel e 4.771 sacas de torrado, totalizaram 3.088.737 sacas de café embarcadas. 

Nos primeiros quatro meses (julho, agosto, setembro e outubro) do ano-safra 2011/2012, o Brasil
embarcou 1.562.618 sacas (15%) de arábica  menos que no mesmo período do ano-safra 2010/2011. Até o dia 10, os embarques de novembro estavam em 512.423 sacas de café arábica, 49.060 sacas de café conillon, somando 561.483 sacas de café verde, mais 78.928 sacas de solúvel, contra 549.204 sacas no mesmo dia de outubro. Até o dia 10, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 1.067.542 sacas, contra 1.036.643 sacas no mesmo dia do mês anterior.
       
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 4, sexta-feira, até o fechamento de hoje,
sexta-feira, dia 11, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 375 pontos ou US$ 4,96 (R$ 8,65) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 4 a R$ 529,54/saca e hoje, dia 11, a R$ 539,71/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 395 pontos. No mercado estável de hoje, são as seguintes as cotações por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2011/2012, condição porta de armazém:

R$520/530,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$500/510,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$460/470,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$420/430,00 - RIADOS.  
R$320/350,00 - RIO.
R$330/340,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$300/320,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
Os cafés cereja descascado (CD) bem preparados, valem R$ 530,00/550,00 por saca.
 
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 1.7440 PARA COMPRA. 

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Fonte: Escritório Carvalhaes

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