Integração lavoura/pecuária floresta pode aumentar comércio de carne em MS

Publicado em 10/02/2012 06:52
Mato Grosso do Sul possui 9 milhões de hectares de pastagem degradada, e sua produção atual de carne bovina nessa área é de 45 kg/ha/ano, o equivalente a 405 mil toneladas. Já uma área menor, igual a 6 milhões de hectares, com pastagem do tipo médio, ocasiona um aumento de produtividade de 75 kg/ha/ano, acumulando um total de 450 mil toneladas para comércio e consumo. As informações foram transmitidas na manhã desta quinta-feira (9), pelo palestrante Armindo Kichel, durante o Programa Mais Pastagem do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MS, em Coxim.

Segundo Kichel, palestrante do Mais Pastagem, em fase de produtividade média na recria e engorda do gado, um hectare de pastagem degradado comporta em cerca de 0,7 animal, o que ocasionará uma produção de 30 quilos por hectare ao ano. Caso aplicada, a recuperação com implantação do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a mesma área passa a comportar quatro animais, gerando cerca de 360 quilos por hectare ao ano.

“Selecionar as alternativas tecnicamente corretas e economicamente viáveis, e decidir por aquela que melhor se ajuste a uma situação em particular, são algumas das atitudes que sugerimos aos produtores rurais de MS para que acrescentem na qualidade do rebanho do Estado”, aponta o superintendente do Senar/MS, Clodoaldo Martins.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apontam que o Brasil detém atualmente uma área de 190 milhões de hectares de pastagem, sendo que 90 milhões estão degradados. Os pastos do País em 2011, abordavam um rebanho de 180 milhões de animais com uma produção equivalente a 8,0 milhões de toneladas de carne como média nacional, número gerado a partir da engorda de 241 gramas/animal/dia, gerando 44 Kg de carne/hectare/ano em um ciclo completo.

“A pastagem é o principal componente da exploração da pecuária de corte e leite. Em segundo lugar vem o animal com sua genética e sanidade, e toda a lucratividade do produtor e o ganho animal são diretamente proporcionais a abundância e qualidade dos pastos de cada propriedade”, afirma o pesquisador Armindo Kichel.

Segundo ele, entre as principais pragas que colaboram para o mal rendimento dos pastos de MS estão as lagartas, formigas, cupins, percevejos castanhos, cigarrinhas, corós, grilos e gafanhotos. E a degradação ou morte dos pastos são ocasionados devido espécies ou cultivares de pastagens inadequadas, água em excesso ou falta, além dos solos ora argilosos, ou arenosos.

O palestrante afirma que esse conjunto de fatores impede com que até 2020, o Estado arrecade R$ 10 bilhões a mais do que recebe atualmente. ”O manejo das pastagens, sub e superpastejo, a falta de nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S e micronutrientes), insetos invasores, erosão e as doenças causadas por fungos são os vilões da criação de gado no Brasil”, finaliza Kichel.

Mais Pastagem – O Programa é uma iniciativa do Senar/MS, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – Famasul e Fundação Educacional para o desenvolvimento Rural - Funar, em parceria com sindicatos rurais do Estado, Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Embrapa Gado de Corte – Embrapa CNPGC, e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção da Indústria, do Comércio e do Turismo – Seprotur.

Bandeirantes é a próxima cidade a receber o Programa Mais Pastagem - no dia 10 de fevereiro. O ciclo de palestras também inclui as cidades de Figueirão, Camapuã, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Inocência, Ribas do Rio Pardo, Aparecida do Taboado e Santa Rita do Pardo. Para mais informações ou para realizar inscrição: https://www.senarms.org.br/programas_e_projetos/mais_pastagem/

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Fonte:
Famasul

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