Setor de carne suína prevê baixa para o início de 2013

Publicado em 19/04/2012 09:56
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, prevê uma baixa nas atividades do setor como consequência, principalmente, da demora na retomada do nível de encomendas da Argentina e da Rússia. Segundo ele, os produtores estão se queixando também da elevação de custos causada pela quebra da safra de milho, no Rio Grande do Sul.

No entanto, o impacto desses entraves só deverá ser mais visível no ano que vem e terá efeito temporário, sentido apenas no curto prazo. Com relação à Argentina, Camargo Neto afirmou que “existe uma insegurança jurídica e há falta de transparência na relação comercial. A gente não sabe o quê, quando e como será liberado [o comércio de carne suína para o país vizinho]”, embora o governo brasileiro tenha informado que os entendimentos entre as equipes técnicas estão em andamento.

Ao participar do seminário Travas no Comércio Bilateral Brasil-Argentina, em encontro da Câmara de Comércio Argentino-Brasileira, o presidente da Abipecs observou que houve uma perda de mercado significativa só com as restrições do parceiro do Mercosul. Mas manifestou a expectativa de uma definição para reverter esse quadro a partir de entendimentos que poderão ocorrer hoje (17) entre o ministro da Agricultura do Brasil, Mendes Ribeiro, e o ministro argentino da Agricultura, Norberto Yauha, na 22ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

De acordo com o balanço mais recente da Abipecs, as exportações para a Argentina recuaram 87,01%, em março deste ano na comparação com março de 2011, com volume vendido para o país vizinho de 427 toneladas. Já o faturamento foi 85,86% menor, com valor de US$ 1,32 milhão.

No caso da Rússia, que se mantém como o terceiro maior importador da carne suína brasileira, os embarques foram 47,97% menores do que em março do ano passado, com um total de 8.265 toneladas e o valor apresentou queda de 46,89%, com US$ 25,83 milhões.

Mesmo assim, o Brasil mantém-se na quarta colocação no ranking mundial e aumentou as vendas ao exterior, em março, em 6,93%, com o envio de 47.367 toneladas e faturamento de US$ 121,01milhões, ou 3% a mais do que em março de 2011.

Tags:

Fonte: Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Abiec diz que lançamento do Protocolo do Cerrado reforça meta da entidade de fomentar monitoramento na compra de gado no Brasil
Primeiro trimestre registrou expressivo crescimento nas exportações brasileiras de peixe de cultivo
Mapa publica portaria para o processamento de produtos de origem animal de acordo com preceitos religiosos
Brasil regula abate e processamento de animais para mercado religioso
Lula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exterior