Carne Suína: ABCS e Acrismat reúnem produtores para falar da crise

Publicado em 19/04/2012 10:11
Depois da proibição da importação de carne suína brasileira por parte da Rússia em 2011, iniciou-se uma crise no setor. De lá pra cá, os preços pagos ao suinocultor não evoluíram e todo o setor passou por uma grande desvalorização em cadeia.

A falta de logística e a indisponibilidade de novos mercados, aliada ao instável mercado da carne, e os custos de produção que subiram substancialmente, agravaram a situação do suinocultor brasileiro, mas principalmente o mato-grossense. Atualmente, o preço médio no estado de custo
por quilo de suíno produzido é de R$2,25, já o preço médio de venda praticado chega a R$1,50. O que resulta num prejuízo de R$0,80 centavos por quilo.

Por isso, o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) Paulo Cézar Lucion, junto do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, e também do Secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Carlos Luiz Milhomen, se reuniram no nesta quarta-feira (18), no auditório da FAMATO com  autoridades do estado para expor a crescente queda no valor do quilo do suíno a reclamar ao executivo a falta de apoio para a cadeia suinícola.

Segundo Paulo Cézar Lucion, a entidade estadual já procurou o Governo do Estado neste ano, com expectativas de melhoras. "Pautamos todas as dificuldades e reivindicamos incentivos pontuais, como a isenção de ICMS na conta de  energia dos produtores temporariamente, em caráter de emergência para amenizar a situação. No entanto, como resposta o Governo taxou o milho estocado em MT, por mais de um ano, em 17%, tornando o preço inviável e incompatível com a  atividade da suinocultura, causando ainda mais prejuízos para os  suinocultores", comentou.

Conforme o presidente, os suinocultores apresentam reivindicações como: incentivos fiscais emergenciais a exemplo do que já existe em outros estados; o retorno das bonificações sobre o consumo de energia elétrica; aumento do  volume e a venda de milho balcão através da Conab; busca também o desenvolvimento de linhas de custeio para a suinocultura, além de criar uma
política de preço mínimo para a carne suína.

Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o Brasil é o quarto maior  exportador de carne suína do mundo, e Mato Grosso é o quinto rebanho em escala do Brasil. "Nos leva a crer que nosso setor merece respeito e atenção do  Governo de MT, pois atualmente são abatidos aproximadamente 170 mil suínos por mês, gerando milhões em impostos", concluiu Marcelo Lopes.

Na ocasião foi assinado um termo de parceria Técnica com o Senac de Mato  Grosso. Por meio da diretora regional do Senac Mato Grosso, Gilsane de Arruda e Silva Tomaz, irá viabilizar cursos gratuitos de cortes e culinária a base de carne suína para incentivar ainda mais o consumo.

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Fonte:
ABCS e Acrismat

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