Acordo para redução no embargo às exportações de carnes para a Rússia está próximo

Publicado em 07/08/2012 13:41
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Mendes Ribeiro Filho afirmou que está próximo de um entendimento em relação ao embargo às exportações brasileiras de carnes para a Rússia. “A questão russa está andando a passos firmes na busca por um entendimento de critérios. Ora o embargo é por Estados e ora é por plantas. Estamos perto de um acordo”, disse o ministro durante a abertura do 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

Falando a uma plateia de aproximadamente 600 pessoas, incluindo as principais lideranças do agronegócio brasileiro, Mendes Ribeiro informou que, atualmente, há 48 plantas brasileiras autorizadas a exportar para a Rússia, sendo 29 de carne bovina, quatro de carne suína e 15 de frangos. Outras 91 que figuram na lista de aprovadas pela União Aduaneira estão embargadas, com restrições temporárias.

Respondendo à principal questão formulada pelos empresários, que é o gargalo logístico que atrapalha o crescimento do setor no Brasil, Mendes Ribeiro disse que o governo deve anunciar, nos próximos dias, um grande conjunto de medidas voltadas diretamente para a melhoria da infraestrutura de logística, especialmente em relação a ferrovias e hidrovias.

Segundo a análise de vários participantes do Congresso, o gargalo na logística de transporte de produtos agrícolas deve se agravar ainda mais no próximo ano, pois as projeções indicam que o Brasil deve colher uma nova safra recorde. Só de milho e soja deve-se chegar a 150 milhões. Os participantes do evento reconhecem que algumas obras estão em andamento, mas não é suficiente. “Estamos indo na direção correta, mas na velocidade inadequada”, diz André Pessoa, da Agroconsult.

Para o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o agronegócio brasileiro já deu diversas provas de que consegue ter competitividade e desenvolver tecnologia suficientemente avançada para manter um crescimento que compatibilize sustentabilidade com desenvolvimento econômico. “Agora não podemos ver a repetição de episódios como o da redução à zero do valor da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico, a Cide, para a gasolina. Trata-se de uma medida incoerente com o papel de uma nação com a proposta de ser líder na produção de combustível alternativo e sustentável”, disse Carvalho.

 

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Fonte: Abag

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