Missão chinesa virá ao Brasil para analisar condições dos frigoríficos e por fim ao embargo à carne

Publicado em 12/11/2013 08:40
Visita de técnicos da AQSIQ foi comunicada à senadora Kátia Abreu, que lidera comitiva do Brasil na China

Para por fim ao embargo à carne bovina que vigora desde dezembro de 2012, uma missão da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena da China (AQSIQ) virá ao Brasil até o dia 15 de dezembro para inspecionar as instalações dos frigoríficos do país. O objetivo da missão é avaliar a sanidade do rebanho brasileiro, afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, que lidera, nesta semana, uma comitiva brasileira à China.
 
O embargo chinês à carne bovina fornecida pelo Brasil foi imposto em função do registro de um caso do mal da vaca louca, descoberto em 2010, no Paraná. Para a presidente da CNA, os técnicos da AQSIQ constatarão, durante a visita, que não há ameaça da doença no país, encerrando o período de embargo. Também há interesse na ampliação do número de fornecedores para este importante mercado consumidor. Nove plantas do Brasil têm autorização para vender carne bovina para a China continental, enquanto a Argentina tem 18 frigoríficos habilitados e o Uruguai, 22.

Em entrevista coletiva concedida em Pequim, a presidente da CNA afirmou, ainda, que o país conseguiu a liberação para que cinco plantas de frango comecem a exportar para a China, onde o consumo médio per capita é de 9,7 quilos.  Durante a viagem dos técnicos da AQSIQ ao Brasil, mais oito plantas devem ser inspecionadas.  A expectativa é de que a publicação dos nomes dos estabelecimentos habilitados pelo governo chinês aconteça em breve.

A presidente da CNA disse que o objetivo de sua viagem à China é diversificar a pauta do agronegócio brasileiro. “No ano passado, a China importou o equivalente a US$ 1,75 trilhão. Apenas US$ 41 bilhões vieram do Brasil”, afirmou. Segundo ela, de tudo que o Brasil exporta para a China, 70% é soja. O país quer ampliar a venda de carne suína, bovina, algodão e especialmente café. A China consome 60 mil toneladas anuais de café, uma média de três copos por ano, enquanto o consumo médio no mundo é de 240 copos por pessoa.

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Fonte: CNA

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