Boi gordo e suíno vivo iniciam a semana com preços estáveis; Frango vivo registra queda no PR

Publicado em 08/12/2015 07:44

Boi gordo: Oferta reduzida de animais segura os preços, mas com demanda fraca negociações acima da referência já perdem a força

Por Maisa Módolo, engenheira agrônoma da Scot Consultoria

O mercado do boi gordo iniciou a semana com poucas negociações.

As indústrias maiores estão com as programações de abate praticamente completas este ano, o que diminui a necessidade de compra de animais, de maneira geral.

O aumento da demanda esperado para dezembro ainda não ocorreu, o que confirma o cenário de baixa movimentação.

Hoje houve redução dos preços da arroba do macho terminado em quatro regiões, inclusive em São Paulo. Nas praças de Barretos-SP e Araçatuba-SP, a arroba do boi gordo tem sido negociada por R$146,00 e R$147,50, respectivamente, à vista.

As negociações em valores maiores estão perdendo força, embora as compras em preços menores do que a referência não ocorram em volume devido à oferta reduzida de animais.

Em curto prazo, caso as vendas de carne não reajam, o mercado deverá andar de lado, com pouco espaço para alterações significativas de preços.

Frango Vivo: Preços recuam no Paraná nesta 2ª feira

Por Sandy Quintans

Nesta segunda-feira (07), os preços para o frango vivo tiveram ligeira queda no Paraná. No estado, os preços médios cederam 0,76%, fechando o dia a R$ 2,62 pelo quilo. Na última semana, as cotações paranaenses haviam registrado recuperação. Nas demais praças, o cenário é de estabilidade e quase não há registro de mudanças de preços. Em Minas Gerais, o vivo segue negociado a R$ 3,35/kg, enquanto em São Paulo os negócios estão em torno de R$ 3,10/kg.

De acordo com a Scot Consultoria, os atuais patamares de preços praticados na região paulista estão 26,5% superiores aos do mesmo período de 2014. O resultado trouxe uma melhora na relação de troca dos avicultores, em que é possível comprar 5,72 quilos de milho com um quilo de frango na granja.

Segundo informações do Cepea, os preços não apresentaram reações significativas na última semana, porque a comercialização está aquém do esperado para o período do mês. “Apesar da proximidade do período de festas, o volume comercializado no mercado interno continua abaixo das expectativas”, apontam os pesquisadores. Por outro lado, o desempenho recorde das exportações em novembro podem refletir no cenário doméstico. 

Suíno Vivo: Semana começa com estabilidade em SP e RS

Por Sandy Quintans

Nesta segunda-feira (07), as cotações para o suíno vivo encerraram estáveis nas principais praças de comercialização. Em duas regiões, São Paulo e Rio Grande do Sul, houve a manutenção de preços para os próximos dias. Nos demais estados, novos preços devem ser definidos neste início de semana. 

Segundo a pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos de Rio Grande do Sul), a cotação média para o suíno vivo voltou a fechar em R$ 3,89/kg. Para os suinocultores integrados, o valor médio permanece também em R$ 3,13/kg. Por outro lado, a pesquisa aponta que os preços para a saca de milho tiveram ligeira queda, passando de R$ 33,40 para R$ 33,00. O farelo de soja também apresentou recuo e é negociado na média de R$ 1.247,50.

Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) apontou que a bolsa de suínos optou pela manutenção de preços para esta semana. Com isso, o vivo segue negociado entre R$ 82 a R$ 83/@ - o equivalente a R$ 4,37 a R$ 4,43/Kg. Segundo a associação, a justificativa para a estabilidade de preços são as vendas da carcaça especial no varejo paulista entre R$ 6,70 a R$ 6,95/Kg.

Na última semana, de acordo com informações do analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a comercialização ficou abaixo do esperado, contrariando expectativas de altas de preços com o recebimento da primeira parcela do décimo terceiro e salário. “A população segue contendo gastos, por conta da crise, e restringindo a demanda por carnes em geral. Isso ocorreu com o frango e também com o suíno nesta semana”, explica. 

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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