Frigoríficos regionais poderão comercializar carne mato-grossense para todo o país

Publicado em 26/05/2017 13:23

Em 30 dias, as indústrias frigoríficas que possuem o selo do Serviço de Inspeção Sanitária Estadual (Sise) poderão aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) por meio do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). O anúncio foi feito pelo presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Idea-MT), Guilherme Nolasco, à diretoria da A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Há uma semana, a Acrimat protocolizou no Indea-MT um ofício solicitando celeridade neste processo de adesão ao Sisbi-Poa para garantir mais competitividade ao setor. Atualmente, 48,8% dos abates no Estado são realizados por um único grupo e 77% distribuído entre cinco empresas. De acordo com levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), outras 42 empresas abateram 22,9% do total de 2015.

O presidente do Indea, Guilherme Nolasco, contou que na última semana os fiscais do Mapa auditaram o sistema do Indea e em até 30 dias todos os ajustes solicitados deverão cumpridos.

“O processo de adesão do Serviço de Inspeção Estadual ao Serviço Federal está encaminhado e em breve as indústrias regionais poderão solicitar o selo federal e colocar seus produtos no mercado nacional. Vamos fortalecer o produtor e o empresário daqui e garantir aos consumidores de todo o país a qualidade da carne", declarou Nolasco.

O diretor-executivo da Acrimat, Luciano Vacari disse que a medida mostra sensibilidade do governo para a situação e o compromisso com o setor da pecuária. “Estamos acompanhando o esforço do Indea em atender esta demanda que vai beneficiar os pequenos e médios empresários e movimentar a cadeia produtora”.

Levantamento do Imea aponta que em Mato Grosso, 90% dos bates é realizado por empresa que possuem Selo de Inspeção Federal e que os frigoríficos com Sise representou 8,16% dos abates total.

Para o vice-presidente da Acrimat, Amarildo Merotti, a adesão vai fomentar toda a cadeia produtiva da carne. “Com a ampliação do mercado consumidor vai permitir que essas empresas de menor porte fortaleçam seus negócios, aumentando também demanda por animais para o pecuarista. E quem mais ganha com isso é o consumidor, que terá mais diversidade nas gondolas e com garantia de qualidade”, afirma o produtor.

Tags:

Fonte: Acrimat

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Abiec diz que lançamento do Protocolo do Cerrado reforça meta da entidade de fomentar monitoramento na compra de gado no Brasil
Primeiro trimestre registrou expressivo crescimento nas exportações brasileiras de peixe de cultivo
Mapa publica portaria para o processamento de produtos de origem animal de acordo com preceitos religiosos
Brasil regula abate e processamento de animais para mercado religioso
Lula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exterior